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Lázaro Ramos faz o professor Laerte, que não tem nada a ver com estereótipos hollywoodianos, no drama dirigido por Sérgio  Machado. | Divulgação
Lázaro Ramos faz o professor Laerte, que não tem nada a ver com estereótipos hollywoodianos, no drama dirigido por Sérgio Machado.| Foto: Divulgação

Se ao ler a sinopse de “Tudo que aprendemos juntos”, produção nacional que estreia nesta quinta-feira (3), você tiver a sensação de que já conhece essa história, não está enganado.

O filme de Sérgio Machado se apoia em um antigo filão do cinema: o do professor que chega a uma escola problemática, tomada por alunos barra pesada, e acaba por mudar a realidade do local. Dessa vez, o viés da narrativa está na música.

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Orquestra na origem do filme foi criada depois de tragédia

A história vista em “Tudo que aprendemos juntos” pode até soar inverossímil em determinados momentos, mas tem uma dose significante de veracidade

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Como outras produções do gênero, “Tudo que aprendemos juntos” tem um pé na ficção e outro na realidade. O filme é uma adaptação da peça teatral “Acorda Brasil!”, do empresário Antônio Ermírio de Moraes (morto em dezembro do ano passado), que, por sua vez, foi inspirado na criação da Orquestra Sinfônica de Heliópolis, na periferia de São Paulo.

Lázaro Ramos é Laerte, um violinista talentoso, mas que por insegurança não consegue passar em um teste para a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp).

Precisando de dinheiro, aceita dar aulas em uma escola da periferia. O cenário encontrado é desanimador: os alunos ensaiam em um pátio aberto, não têm noções de postura, não sabem ler partituras e abusam da falta de disciplina.

A galeria de personagens que fazem parte da turma não foge à regra do estilo hollywoodiano: há o rebelde que gosta de desafiar o professor, a menina com problemas na família, aquele envolvido com a criminalidade e, claro, o prodígio com o qual o protagonista se afeiçoa.

Apenas Laerte, o personagem de Lázaro Ramos, foge do estereótipo comum aos “mestres”. Longe de ser idealista, resiste à integração com os jovens e não dá grandes mostras de identificação com os pupilos.

Ainda que esbarre em alguns clichês e até ameace descambar para o piegas, Machado consegue fazer de “Tudo que aprendemos juntos” um filme sóbrio.

Não tem a pegada realista do francês “Entre os muros da escola”, por exemplo, mas também não chega a ter a aura romantizada de “Mentes perigosas” (com Michelle Pfeiffer). E, o melhor, consegue retratar periferia sem estigmatizar.

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Assista ao trailer de “Tudo que aprendemos juntos”:

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