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Dave Franco e Emma Roberts participam de um jogo perigoso em “Nerve” | Niko Tavernise/Divulgação
Dave Franco e Emma Roberts participam de um jogo perigoso em “Nerve”| Foto: Niko Tavernise/Divulgação

Quando, há cerca de dois meses, pessoas saíram freneticamente às ruas munidas de telefones celulares para caçar pokémons, nossa relação com a tecnologia atingiu um novo patamar. O que até então era uma relação mais íntima entre usuários e aparelhos se expandiu para o mundo exterior, unindo de alguma forma os ambientes reais e virtuais. Nesse cenário entre o fascinante e o assustador, não haveria momento mais propício para a estreia de “Nerve – Um Jogo Sem Regras”, talvez o filme que, até hoje, melhor soube explorar essa dicotomia da “era das selfies”.

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É curioso que, numa época em que muitas pessoas parecem preferir a morte a viver sem o celular, o cinema tenha abordado o assunto tão pouco ou de forma tão superficial. E o filme dirigido por Henry Joost e Ariel Schulman é exatamente sobre isso: até que ponto as pessoas se deixam levar pela obsessão em ser bem-sucedidas no meio virtual?

Nerve é um jogo clandestino que faz sucesso entre os jovens. Os participantes se dividem entre jogadores e observadores. Os primeiros se submetem a provas estabelecidas pelos segundos, que consistem em alguma exposição pública ou teste de resistência: desde cantar em uma lanchonete até se dependurar no alto de um edifício. A prova deve ser filmada pelo celular do jogador e transmitida aos espectadores, que discutem e definem novos testes com base nas informações coletadas em redes sociais.

Pressionada pelos amigos, Vee (Emma Roberts), uma estudante discreta e bem comportada, decide se tornar uma jogadora. Em sua primeira tarefa (beijar um estranho) conhece Ian (Dave Franco), de quem logo se torna parceira sob incentivo do público. Logo, descobre que tem muita coisa obscura por trás do jogo.

Em um vídeo divulgado pela Paris Filmes, os diretores explicam que a ideia foi fazer um “filme autêntico sobre a internet”, abordando a relação das pessoas com a rede. “Vivemos na era do consentimento. Ficamos chocados com a falta de cuidado das pessoas ao passar informações sobre elas. Você baixa algo e simplesmente concorda com tudo o que pedem, sequer sabe o que é aquilo”, diz Ariel.

Além da trama diretamente relacionada ao mundo virtual, “Nerve” também procura transpor para a tela o ritmo ágil e intenso da web. Com montagem frenética, trilha sonora nervosa e estética high tech, praticamente faz o espectador se sentir vendo o filme de uma tela de celular.

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