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Fábio Porchat, Gregório Duvivier e Luis Lobianco protagonizam narrativa nonsense em “Porta dos Fundos – Contrato Vitalício”. | Rachel Tanugi Ribas /Divulgação
Fábio Porchat, Gregório Duvivier e Luis Lobianco protagonizam narrativa nonsense em “Porta dos Fundos – Contrato Vitalício”.| Foto: Rachel Tanugi Ribas /Divulgação

Goste-se ou não, é inegável que o grupo Porta dos Fundos representa um marco no humor nacional. Enquanto os grandes nomes do gênero nasceram e se consolidaram no teatro ou na televisão, a trupe liderada por Fábio Porchat e Gregório Duvivier foi o primeiro representante de uma geração criada na internet. Com mais de 12 milhões de seguidores no YouTube, o grupo dá agora seu passo mais ambicioso, chegando às telas de cinema com o primeiro filme, “Porta dos Fundos – Contrato Vitalício”.

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Para quem está acostumado a produzir esquetes de três minutos, em média, costurar uma história de quase duas horas é um desafio. Prova disso é que, segundo o diretor Ian SBF, o roteiro teve sete versões até chegar ao resultado final. “Sempre pensamos em conteúdo, independente se é para internet, televisão ou cinema. As diferenças são técnicas, mas o processo de criação é o mesmo”, contou o cineasta, um dos fundadores do grupo, durante entrevista coletiva em São Paulo.

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Em seu debute, o alvo principal do grupo é o mundo das celebridades. Após ser premiado no Festival de Cannes, o cineasta Miguel (Gregório Duvivier) sai comemorar com o melhor amigo, o ator Rodrigo (Fábio Porchat). Bêbado, Rodrigo assina um contrato vitalício, no qual se compromete a participar de todos os filmes do amigo. Ainda na França, Miguel some e retorna dez anos depois. E decide então fazer um novo filme, narrando a história surreal que motivou seu sumiço.

Em uma narrativa completamente nonsense, o filme insere os mais variados estereótipos: o empresário que topa tudo (Luis Lobianco), o jornalista urubu (Marcos Veras) e a blogueira fitness (Thati Lopes). E tome piadas que vão do irônico ao escatológico. “Não existe um humor inteligente, do tipo ‘vamos fazer piada sobre Nietszche’. Pensamos em ser engraçados, só isso, e o filme tem um pouco de tudo”, diz Porchat.

A escolha do mundo das celebridades tem a ver com o meio do qual faz parte o “Porta”. “A gente ri de nós mesmos, sacaneamos o universo em que vivemos”, frisa Lobianco.

Novos projetos

Se a incursão no cinema é o passo mais ambicioso do pessoal do Porta dos Fundos, está longe de ser o último. De acordo com os integrantes da trupe, os projetos vão muito além de internet e televisão. Novos filmes, documentários e até mesmo animações estão nos planos da produtora.

Estrelas

É incontável o número de celebridades citadas ao longo dos diálogos de “Contrato Vitalício”, principalmente pelo personagem de Luis Lobianco, um empresário de figurões do entretenimento. Algumas celebridades fazem aparições breves no filme, como Xuxa, Sérgio Mallandro e Naldo Benny.

“São projetos que estão andando, mas bem devagar por enquanto. Queremos produzir coisas para terceiros, trazer novos atores e roteiristas para o grupo.A ideia é ampliar cada vez mais”, garante Ian SBF, diretor de “Contrato Vitalício”.

O primeiro filme do grupo custou R$ 5,6 milhões, sendo uma parte captada através de leis de incentivo. “Mas o maior investidor é o Porta dos Fundos”, ressalta a produtora Tereza Gonzalez.

Os integrantes do grupo evitam fazer projeções, mas apostam em um bom desempenho do filme nas bilheterias. “É desigual concorrer com o cinema americano, que abarrota as salas. Mas acreditamos em uma boa largada e, com o boca a boca, pegar no tranco”, afirma Fábio Porchat.

Para o diretor Ian SBF, não se trata de levar os fãs do grupo na internet aos cinemas. “Quem gosta de vídeo no YouTube vai ver vídeo no YouTube. Quem gosta de cinema vai ao cinema. Queremos pegar o público que gosta de YouTube e de cinema”.

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