O Trio, a Quadra e a promessa de Fruet

• 0

Estava apreciando o Trio Quintina – 3 Ciclos, projeto que reúne dois CDs e um DVD em comemoração aos 15 anos de atividades do Trio Quintina, quando resolvi abrir o encarte e, surpreso, dou de cara com o texto de abertura:

"Trio Quintina – Três em Um, em Cinco e Mais

É comum dizermos que um grupo, de tão entrosado, soa uno, no sentido de formar uma unidade. Assim como também é comum dizermos que um músico sozinho pode soar como uma orquestra. As duas afirmações cabem bem para o curitibano Trio Quintina. São três, mas parecem bem mais. Formam uma cornucópia a despejar sons que se entrelaçam e bailam nos ouvidos como um grande instrumento único, individual e indivisível.

O próprio nome já brinca com essa ideia e ser três, mas ao mesmo tempo ser mais. No início, tocavam cinco instrumentos, agora tocam uns dez. Seria uma minibigband?

O entrosado trio é uno e abrangente. Brincante, delirante, pensante, extasiante, dançante… O Trio Quintina segue adiante sem dar bola para a rotulagem minimizante. O mínimo com esse trio é máximo, é múltiplo, e nada comum."

O texto – e daí a surpresa – é assinado por este que vos escreve. Fiquei feliz de participar de alguma forma deste momento especial deste trio que também é especial. Os discos trazem gravações remasterizadas e são separados em duas categorias: "música para dançar" e "música para lembrar".

São ao todo 36 faixas nos dois CDs e 17 no DVD. Só coisa boa, temperada com preciosidades, como o choro "Dedinho Nervoso" (eu acredito que Pixinguinha e Jacob do Bandolim tocariam com prazer); "Uma Menina", que fez Guinga chorar quando ouviu, segundo revela em depoimento Gabriel Schwartz; "Estudo para os Orixás", de Fabiano "Tiziu" Silveira, um choro canção, incluído apenas no DVD, que traz o duo violão e flauta em momento mágico, um sentimento de Bach e Villa-Lobos no ar.

Enfim, um produto cultural que deve estar na estante de cabeceira e nos fones e caixas acústicas de quem aprecia a boa música. Ficou interessado e não acha para adquirir? Então entra no site (www.trioquintina.com.br) ou manda um e-mail para eles: contato@trioquintina.com.br.

Quadra Cultural

O agitador cultural e dono do bar O Torto, Arlindo Ventura, o Magrão, ainda não desistiu de tentar viabilizar a Quadra Cultural de Curitiba de 2014. Evento que realiza anualmente na esquina das ruas Paula Gomes e Duque de Caxias e que já trouxe à cidade shows gratuitos de Irmãs Galvão, Odair José e Jerry Adriani, entre dezenas de atrações locais. Para este ano, está pendente o show de Moacyr Franco, além dos músicos da cidade.

É sempre bom lembrar que o prefeito Gustavo Fruet, quando ainda estava em campanha, passou no Torto e ali, em um discurso para os frequentadores, garantiu apoio à Quadra Cultural e prometeu incluí-la no calendário cultural oficial da cidade.

Envolvido em promessas, enrolações e rasteiras políticas, Magrão deixou de captar patrocínio privado para o evento que está ameaçado de não ocorrer, pelo menos não da mesma forma dos outros anos. "Se ficar inviabilizado, vou expor todos os que me enrolaram e me enganaram", avisa Magrão.

Solo Música

O produtor cultural Alvaro Colaço acaba de divulgar a programação oficial do projeto Solo Música 2014 para a Caixa Cultural, em Curitiba. Serão 10 apresentações no ano e tudo começa no dia 10 de março com a cantora Ceumar. Depois, sempre às terças-feiras, às 20 horas, pela ordem, teremos o violonista Marco Pereira (11/04), a alemã Friedrike Heumann (viola e lira, dia 13/05), a pianista Eudóxia de Barros (10/06), o Lendário Chucrobillyman (banda de um homem só, dia 08/07), o clarinetista Paulo Sérgio Santos (12/08), o austríaco Matthias Loibner (que toca viola de roda, dia 09/09), o violeiro Roberto Corrêa (14/10), a cantora argentina-suíça Maria Cristina Kiehr (11/11) e finalizando com a linda cantora e percussionista pernambucana Renata Rosa (09/12). Longa vida ao projeto.

Dê sua opinião

O que você achou da coluna de hoje? Deixe seu comentário e participe do debate.