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| Foto: Valterci Santos/Gazeta do Povo

Tecnologia

Conheça melhor a tecnologia do sistema Imax.

- Criada em 1967, por quatro cineastas canadenses, o sistema Imax tem 300 salas de cinema em museus e multiplexes de 42 países.

- As telas do Imax em São Paulo e Curitiba têm 14 metros de altura por 21 metros de largura. A altura é equivalente a sete elefantes colocados uns sobre os outros.

- Filmadas em película em formato especial de 15 por 70 milímetros (o cinema convencional usa 35 milímetros), as produções da Imax em 3D ou 2D são feitas em um sistema específico de movimento de filme, o Rolling Loop, ou seja, duas faixas de filme que correm simultâneas pelo projetor a 24 quadros por segundo.

- Para ativar o efeito 3D, são utilizados dois projetores. Os óculos separam as imagens: cada lente vê a imagem de um projetor, e o cérebro humano se encarrega de associá-las.

Desde fevereiro, quem frequenta os cinemas da rede UCI do Shopping Estação vê filmes como vai ao teatro: sentado em cadeiras pré-determinadas já na compra do ingresso. A novidade se espalha, até junho, em outros dois multiplexes da cidade, o Cinesystem do Shopping Curitiba e o UCI do Shopping Palladium.

Antes do fim deste semestre, 15 salas de cinema, novas ou reformadas, serão inauguradas nesses dois espaços. A revitalização que está sendo realizada no Shopping Curitiba de modo geral inclui a reforma das seis salas operadas pela rede Cinesystem – quatro delas em funcionamento, sendo que uma já está adequada ao novo formato, "com poltronas diferenciadas (incluindo love seats, assento duplo para casais), nova decoração, som dolby digital e sistema de projeção automatizado", diz Eduardo Vaz, diretor da rede que também opera salas de cinema nos Shoppings Total e Cidade.

As salas estão sendo abertas à medida que vão sendo revitalizadas. De acordo com Vaz, a intenção é que todos os cinemas renovados e o foyer sejam entregues até o fim de julho. Uma das salas terá projeção de filmes em 3D, atualmente só exibidos no Cinemark do Shopping Mueller. "O fornecedor é outro (Dolby) e, por isso, há uma diferença no desenvolvimento do sistema de projeção aliado ao uso dos óculos. Nossos clientes de Florianópolis comentam que o conforto e os efeitos proporcionados pelo nosso equipamento são melhores", alardeia Vaz.

O bilhete para as exibições em 3D será um pouco mais caro. "Entre 20 e 30%", explica Vaz. Ele justifica o acréscimo devido, entre outros fatores, ao uso dos óculos, importados a um custo de US$ 35 cada.

Tela gigante

O feriado de 1º de maio é o dia marcado para a inauguração de oito salas da rede UCI no Shopping Palladium. "Todas as salas serão em formato stadium, com telas gigantes, projetores de última geração, som dolby digital 5.1 e love seats", descreve a assessoria da rede.

Mas a grande surpresa será desvelada somente em junho, quando o Palladium finalmente inaugura sua sala Imax, a segunda da rede no país e a primeira com projeção digital. A assessoria do shopping informa que a obra está quase finalizada. "Faltam retoques finais como, por exemplo, as poltronas".

Ao contrário da Sala Unibanco Imax, localizada no Bourbon Shopping Pompéia, inaugurada em janeiro com um documentário, Fundo do Mar 3D (2006), a previsão é que o filme de abertura em Curitiba da tecnologia canadense criada em 1967, seja um longa-metragem hollywoodiano. A assessoria também informa que deverá haver diferenciação de preços entre documentários e ficção – em São Paulo, os ingressos para todos os filmes são vendidos a R$ 30.

Assentos

Tanto o Shopping Curitiba quanto o Palladium pretendem adotar o mesmo sistema de venda de ingressos numerados, já em prática nos cinemas do Shopping Estação desde 26 de fevereiro. O multiplex é o segundo dos 14 cinemas da rede UCI no Brasil a contar com esta facilidade.

Ou dificuldade, que é como alguns leitores do blog Central de Cinema (Gazeta do Povo Online), do editor do Caderno G Paulo Camargo, encaram a novidade. "O lugar marcado do Estação é só para bonito, já que ninguém respeita e não tem um lanterninha ou segurança para controlar", escreveu Willian, no dia 9.

A assessoria do shopping responde que o público está sendo orientado a sentar nos lugares marcados em seus bilhetes. "Temos registrado apenas um caso de um cliente que se recusou a ceder o lugar ao ‘dono’ da poltrona, mas contornamos a situação com conversa."

Outra preocupação dos leitores é quanto ao aumento da demora na fila da bilheteria. O diretor da rede Cinesystem, que já inaugurou o sistema em salas de Florianópolis e São José dos Campos, explica que, no início, "as pessoas ficavam confusas, mas aos poucos vão se adaptando". De qualquer forma, ele prevê uma campanha de orientação ao cliente antes de chegar no guichê durente as primeiras semanas de implantação da venda numerada no Shopping Curitiba.

Vaz aponta algumas vantagens da novidade. "Tiramos uma pressão do cliente. Ele não precisa mais ficar próximo do cinema, antes do início da sessão, para garantir um bom lugar." A afirmação recebe o aval da leitora Eliane. "Facilita quando estamos em família e queremos sentar juntos num bom lugar", postou ela no blog Central de Cinema, no dia 31 de março.

Juliano não encontrou seu lugar no Estação. "Na hora de sentar não existe a marcação das filas, ou seja, ficou todo mundo perdido!", postou, no dia 20 de março. "Todas as nossas poltronas são numeradas em local bastante visível. Entretanto, sempre que algum cliente tem dificuldade de encontrar sua poltrona, basta solicitar a ajuda de um funcionário do cinema", responde a assessoria.

Com o novo sistema, é possível comprar, no Estação, o bilhete numerado via internet, bilheteria ou máquinas de autosserviço dentro do cinema. No Shopping Curitiba, quem comprar pela internet, terá que validar o ingresso na bilheteria – mas a fila será preferencial.

Em todos os cinemas, a venda funciona com um sistema de dois monitores, um para o cliente e outro para o bilheteiro. Os bancos livres são os verdes e os ocupados são os vermelhos. "O bilheteiro informa quais são os melhores lugares", diz Vaz.

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