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Uma opinião proveitosa sobre “Do Cão Fez-se o Dia” precisaria de um aprofundamento maior na obra de Valter Hugo Mãe. Mas as ideias principais que parecem dialogar com seu universo são as perdas e a rememoração.

A peça trazida pela Inominável Companhia tem o mérito de tecer diante do espectador uma teia de relacionamentos. Uma irmã, uma filha, uma namorada, que sugerem rejeições, omissões e mágoa.

Peça traz história de família que tenta se reconstruir após a guerra

Volta ao cartaz neste fim de semana “Do Cão Fez-se o Dia”, inspirada investida da jovem companhia Inominável com a literatura de Valter Hugo Mãe.

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A encenação joga de forma não linear com acontecimentos, diálogos e julgamentos, usando como um dos recursos projeções, mas também interessantes inserções nas laterais do palco e objetos inquietantes – como cabeças de boneca.

Enquanto isso, os personagens são lapidados diante do público. Existe muito sofrimento em cena, para dar lugar à esperança no final.

Em alguns momentos, a plateia acredita ficar sabendo de vivências pessoais dos atores. Pelo programa, sabe-se que a dramaturgia partiu de um processo coletivo entre eles, o que aumenta a dúvida. Seriam relatos sobre um personagem ou sobre o ator? Seria aquilo tudo uma sessão de psicodrama?

O espectador é quem pergunta e dá as respostas, de acordo com seu repertório e expectativas.

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