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Parte do filme que se passa na “realidade”. | Divulgação
Parte do filme que se passa na “realidade”.| Foto: Divulgação

O humor inglês é famoso por suas tiradas eufemísticas, mas o protagonista do britânico “French Film” (2008) não é nada sutil em sua opinião sobre o cinema francês. Para ele, não passa de um monte de cenas em close desnecessário, com diálogos piegas e discursos vazios sobre o amor.

O problema é que Jed ( Hugh Bonneville) é jornalista e está escalado justamente para entrevistar o fictício “Thierry Grimandi”, uma espécie de Godard para fins de gozação.

Ele passa então a assistir a vários títulos do pedante cineasta – mas não a todos, e isso terá relação com o desenlace da tragicomédia mais adiante. As cenas de abertura nos mostram um filme, também fictício, que simula a estética da nouvelle vague dos anos 1960.

Quando a cena volta para os dias atuais, em Londres, o choque de linguagem nos captura para essa discussão do cinema sobre si mesmo. De vez em quando, close em Grimandi, que nos ensina com ar blasé alguma verdade sobre os relacionamentos.

A trama parte desse contexto metalinguístico para falar da importância (ou não) do amor à primeira vista, e até que ponto os relacionamentos devem perdurar. Os diferentes comportamentos de britânicos e franceses em relação ao namoro e casamento também são abordados. A direção é de Jackie Oudney.

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