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Público de 45 mil pessoas dá show no Lupaluna 2011

O público, que na soma das duas noites chegou a cerca de 45 mil pessoas, foi o responsável pelo maior show do Lupaluna 2011. A platéia pulou, dançou e curtiu a mistura de ritmos que ocorreu no BioParque, em Curitiba, na sexta-feira (13) e no sábado (14). O festival, que chegou à sua terceira edição, agora se consolida como o maior evento de música do Paraná. Os presentes puderam conferir diversas performances em três palcos: LunaStage, EcoMusic e EletroLuna. Entre os destaques, estiveram Ivete Sangalo, Sublime With Rome, Marcelo D2, Capital Inicial e Vanessa da Mata. Leia matéria completa

O que fazer para espantar o frio?, perguntou uma repórter a Marcelo Camelo, 50 minutos antes de o músico se apresentar na tenda LunaStage neste sábado (14), segundo dia de Lupaluna. O barbudo ergueu uma taça de vinho tinto pela metade. E sorriu, meio sem graça.

Em um festival que prima pela diversidade de público, a arte de Marcelo Camelo se apresenta como uma das diversas opções. Ao lado de Vanessa da Mata, que também se apresenta neste sábado, às 21h05, o músico forma a dupla que representa a chamada nova MPB. Cena esta que talvez esteja em construção na cabeça do carioca desde que 4, o último disco dos Los Hermanos, causou boa polêmica, e que pipocaram artistas de qualidade revigorando a música brasileira, principalmente na terra da garoa. Toque Dela, seu segundo disco solo, justamente o trabalho que Camelo divulga com o show no Lupaluna, reforça a tese.

"Estou feliz por compartilhar meu show com um público inusitado", disse o músico, cuja camisa xadrez caía desajeitada por dentro das calças jeans. Mas Camelo diz que não avança para adentrar à envidraçada MPB dos grandes, intocáveis, às vezes incompreendidos. "Sempre quis ser comunicativo. Mas o público médio e a opinião pública podem ser massacrantes no sentido contrário disso", contou o carioca, que diz não fazer nenhuma espécie de "exercício futurista".

Toque Dela é, em um primeiro momento, um álbum mais palpável do que Sou, seu primeiro trabalho depois que o Los Hermanos entrou, como dizem eles mesmo, em hiato. "O primeiro era mais intimista, mais contemplativo. Neste, as pessoas ficam de pé", resumiu o namorado de Mallu Magalhães. "Aprendi bastante com ela. Foi uma confluência de coisas que deram certo", disse.

Foi quando um outro repórter o indagou se conhecia bandas curitibanas. "Não conheço. Pode me dizer algumas?"

O infindável tema Los Hermanos não ficou de fora. E é bom ver alguém que sabe, com jeito, admitir que é bom no que faz e, mesmo que seja parte daquilo, avaliar com olhar crítico sua própria história. "De fora, eu consigo ver a importância da banda da qual fiz parte. Sei que muitos nos copiam. Mas o ser humano é assim, muito 'mímico'. Copia tudo. Desde hábitos, como comer ou falar, até as influências. É natural".

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