Existe uma maldição de Seinfeld?

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Uma coisa que Jerry Seinfeld criador sempre fez questão de frisar é de que a série que levava o seu nome jamais foi cancelada. Ele decidiu terminá-la. E o fez quando já estava milionário, assim como Larry David. Mas o que houve com as carreiras desses artistas? Algumas não fizeram jus às expectativas e, por isso, chegou-se a falar em uma “maldição pós-Seinfeld”. David, sempre afiado, reagiu a la George Constanza.

“É a coisa mais absurda, boba e estúpida a dizer. É muito chato ouvir algo assim. Não tem maldição. É loucura. Então houve duas tentativas de fazer série que não deram certo. Grande coisa! Quantas séries funcionam normalmente?”, perguntou.

Veja abaixo o destino da equipe após a despedida da série:

Larry David

A primeira incursão como diretor de cinema de David, “Os Sortudos”, foi lançada no mesmo ano em que “Seinfeld” terminou. No entanto, a crítica caiu matando no filme, que entrou em listas dos mais odiados de todos os tempos. Mas isso não selou o seu destino. Em “Segura a Onda”, elogiadíssima série da HBO, ele interpreta a si mesmo, o que também não deixa de ser uma versão de George Constanza. A história deve voltar à produção em breve, depois de cinco anos de pausa que se seguiu à oitava temporada. No cinema, David também foi o alter ego de Woody Allen em “Tudo Pode Dar Certo” (2009).

Jerry Seinfeld

Após deixar as ombreiras e os mullets tardios do Jerry personagem, Seinfeld, o comediante, fez apenas o que quis. De participações em programas de amigos a roteiros de animações como “Bee Movie”. Foi criador do programa “Marriage Ref”, que reúne um time de celebridades que avalia problemas conjugais de gente comum e declara um ‘errado’. Desde 2012, é o apresentador de “Comedians in Cars Getting Coffee”, em que entrevista colegas comediantes em carros antigos, a caminho de um café, como o nome em inglês entrega. Em 2015, conseguiu uma exceção na lista de entrevistados: o presidente Barack Obama. As temporadas estão disponíveis no Crackle.

Jason Alexander

O intérprete de George Constanza não parou de trabalhar. Fez pontas em “Friends”, “Todo Mundo Odeia o Chris”, atuou no cinema com os irmãos Farrelly ( “O Amor É Cego”), dublou desenhos como “Os Padrinhos Mágicos”... Mas nada de muito significativo que lhe reparasse a injustiça de nunca ter conseguido um prêmio como o amigo neurótico de Jerry (ele foi o único do elenco que não venceu nenhum).

Michael Richards

Cosmo Kramer também não teve sorte nos projetos que se seguiram após 1998. Protagonizou um programa batizado com seu nome que começou em 2000 e durou apenas uma temporada. Participou de alguns episódios de “Segura a Onda” e, claro, foi entrevistado em “Comedians in Cars Getting Coffee”. Mas, longe do universo de David e Seinfeld, não conseguiu espaço.

Julia Louis-Dreyfus

A Elaine Benes da ficção passou a perna nos colegas e é dona da carreira mais significativa atualmente. Protagonizou “As Novas Aventuras de Christine”, pelo qual ganhou um Emmy em 2006, mas, é como a vice-presidente Selina Meyer, em “Veep”, que ela tem brilhado: abocanhou outros três Emmy.