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Não são muitos os autores que conseguem entender e tratar com destreza essa complicada fase da vida chamada adolescência. Da mesma maneira que nós nos dividimos entre a inocência da infância e a sombra dos desafios da vida adulta, escritores também sofrem para encontrar um meio-termo no tratamento de seus leitores, que já não são crianças, mas também carecem de maturidade.

John Green, o americano que se tornou célebre com o best-seller “A Culpa é das Estrelas”, não alcançou o sucesso à toa. “Cidades de Papel”, seu quarto livro, foi lançado em 2008 e ganhou agora uma adaptação cinematográfica, que estreia nos cinemas em julho. A obra é um bom exemplo de como o autor consegue dialogar com inteligência não apenas com os leitores adolescentes, mas com o público adulto também.

Livro

“Cidades de Papel”

John Green. Tradução de Juliana Romeiro. Intrínseca, 368 pp., R$ 34,90 (R$ 19,90 o e-book).

“Na minha opinião, todo mundo tem seu milagre”, diz Quentin Jacobsen, o protagonista de “Cidades de Papel” na abertura da narrativa. O milagre dele, diz após um misto de filosofia e bom humor, é Margo Roth Spiegelman, a vizinha que certa noite invade seu quarto e o leva para uma madrugada de aventuras. No dia seguinte ela some e Quentin inicia uma jornada para tentar encontrá-la.

Não se trata apenas de um romance de aventura. John Green consegue inserir humor, tensão e reflexões sobre os dramas da juventude, tão banais e grandiosos ao mesmo tempo. Ele consegue tratar seus leitores não como pessoas superficiais, mas como um público que quer pensar também, desde que com um pouco de emoção. Como adolescentes, enfim.

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