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| Foto: André Rodrigues/Gazeta do Povo

Réplicas de trens, indústrias, restaurantes e paisagens naturais marcam a terceira Mostra de Modelismo Ferroviário de Curitiba nesse final de semana. O evento reúne apaixonados por ferreomodelismo e tem, além de exposições de fotos e maquetes, atrações como Espaço da Criança e Trem da Cerveja.

O evento que marca o Dia do Ferroviário (30 de abril) vai até as 16h de domingo no Memorial de Curitiba .

Um dos expositores, José Balan, de 65 anos, é considerado uma das personalidades desse tipo de evento. Segundo a organização, ele é convidado para todos e sempre faz questão de levar suas maquetes. Para essa mostra, levou uma réplica Valene, da siderúrgica Bethlehem, dos anos 40, um diorama de montanhas rochosas e uma maquete para crianças.

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Balan contou que modelismo ferroviário é mais do que um hobby, é uma terapia. Ele começou a construir maquetes em seu escritório e a primeira tinha apenas 1m2. Hoje, seu escritório se resume em uma mesa com computador, o resto do espaço é destinado para suas maquetes.

Para ele, a parte mais interessante dessa atividade é precisar desenvolver aptidões como marcenaria, elétrica, pintura e escultura. Existem empresas que produzem equipamentos ferroviários em miniatura próprios para maquetes, mas a maioria tem um preço muito alto. Por isso, quem tem esse hobby precisa ter uma mente aberta para perceber que tudo pode se tornar material para completar o projeto.

“Um aplicador de grama sintética custa em torno de U$ 172. Eu precisei quebrar a cabeça para criar outra solução. Percebi que uma raquete de matar mosquitos tinha o mesmo princípio elétrico do aplicador e usei na maquete. Gastei R$ 20.”

Além disso, Balan ressaltou a importância dos amigos que fez durante esses anos construindo maquetes. Segundo ele, é bom unir pessoas com competências diferentes, que possam se ajudar a construir algo cada vez melhor. Contou também que nas viagens de eventos fica na casa dos amigos, conhece suas famílias e divide experiências. Graças à internet, esses encontros estão cada vez mais frequentes.

“Não faço as coisas para ficarem guardadas. Tenho prazer em compartilhar pequenas descobertas.”

O representante comercial já construiu três maquetes grandes, uma delas feita especialmente para crianças. Ele contou que, muitas vezes, essa paixão por trens vem de berço. As crianças ficam encantadas em pilotar um mini trem e isso acaba tirando a atenção delas dos tablets e vídeo games.

Outra personalidade do evento foi o pequeno Aires Arruda, de 4 anos. Ele entrou correndo no Memorial em direção a maior maquete que encontrou por lá. Segundo seu pai, Adonai Arruda Filho, difícil é segurar o Aires em lugares com trens, tem que ficar de olho porque ele quer ver tudo de pertinho.

A mostra também conta com uma exposição de fotos da retrospectiva dos 10 anos da Rede Ferroviária Federal S.A, com imagens que passam pelos anos 60 e terminam com o fim da rede, em 2007. O técnico de manutenção, Ricardo Melo, contou que a APFMF (Associação Paranaense de Ferreomodelismo e Memória Ferroviária), com sede na Rodoferroviária de Curitiba está aberta todos os dias para visitas com muitas outras fotos e histórias ferroviárias.

Serviço

O evento que marca o Dia do Ferroviário vai até as 16h de domingo no Memorial de Curitiba – Rua Dr. Claudino dos Santos, 79 e tem entrada franca.

  • Aires com seu pai, Adonai Arruda Filho.
  • O artista José Baran, com sua maior maquete, a réplica da Siderúrgica Valene.
  • O pequeno Aires Arruma, de 4 anos, encantado com as maquetes.
  • Erasto Rogério Zanetti está organizando o evento e posa ao lado de uma maquete modular, que pode ser desmontada para eventos.
  • O técnico de manutenção, Ricardo Melo Araujo, de 36 anos, faz parte da APFMF (Associação Paranaense de Ferreomodelismo e Memória Ferroviária).
  • Diorama de montanhas rochosas feito por Balan.
  • César e sua réplica do Velho Madalosso.
  • Réplicas do Velho Madalosso e do Lima Hobbies.
  • Detalhes da maquete de Balan.
  • Maquete da Siderúrgica Valene.
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