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“Vitrine” do espaço ajuda artistas na interação com o público | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
“Vitrine” do espaço ajuda artistas na interação com o público| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Exposição sesi

Táticas para Trocas e Atravessamentos

Centro Cultural Sistema Fiep (Av. Cândido de Abreu, 200), 0800-648-0800. Visitação de quarta-feira a domingo, das 10h às 18 horas. Entrada franca. Até 13 de abril.

Não há quem não entre na exposição Táticas para Trocas e Atravessamentos, em cartaz no Centro Cultural Sistema Fiep, e não se sinta contaminado pela atmosfera de criatividade presente no "escritório" de 10 jovens artistas locais. E a palavra é mesmo essa, contaminação: o projeto é uma mistura de ateliê e residência artística que tem o objetivo de fazer o público interagir com os artistas e obras.

A situação é muito diferente de um museu, onde há uma sala com obras e ideias montadas. Em Táticas..., tudo muda conforme as trocas de ideias entre os 10 artistas (Ana Rocha, Bruno Costa, Cintia Ribas, Elenize Dezgeniski, Faetusa Tezelli, Lailana Krinski, Lidia Ueta, Luana Navarro, Mai Fujimoto e Patricia Lion). Quem foi nos primeiros dias, por exemplo, pode ver uma vídeo instalação que não está mais no espaço e deu lugar a outra proposta. Ou seja: a exposição nunca é a mesma. "A ideia é pensar o ato de trabalhar como exposição, criamos situações de encontro com um público mais ativo e disposto a perguntar", diz a artista Luana Navarro, cujo trabalho inclui leituras de cartas de amor que ela mesma recebeu.

Em uma espécie de "vitrine", Luana segurou um cartaz perguntando se poderia ler cartas de amor para os passantes, e muitos curiosos entraram. Até domingo (dia em que a mostra termina), faltam apenas três cartas, trabalho que ela define como de "fala e escuta", já que muita gente também acabou "abrindo o coração" para a artista.

A mostra conta ainda com diversos elementos para estimular o público a intervir nas obras dos artistas, como uma máquina de escrever e outra de xerox. "Percebemos que existem pessoas que chegam e não conversam, já estão formatadas pelo museu. Outras vieram umas cinco vezes, ficam horas aqui", conta Patricia Lion, cujo trabalho envolve fotografias do álbum de casamento dos pais.

Últimos dias

Além dessa nova proposta de envolvimento com o espectador, a mostra também está realizando uma documentação ampla sobre política cultural. A artista Lailana Krinski entrevistou uma série de artistas e profissionais da área sobre o assunto – todas as entrevistas são abertas ao público interessado (a última, no sábado, será às 14 horas, com Milla Jung). Amanhã, às 15 horas, acontece uma troca de obras entre vários artistas locais e, no domingo, haverá um encerramento com atividades a partir das 14 horas.

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