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Humberto Gessinger: reiventando a própria música. | Divulgação
Humberto Gessinger: reiventando a própria música.| Foto: Divulgação

“O melhor momento para ter uma banda é agora.”

Com a experiência de 30 anos de carreira, mais de 3 milhões de discos vendidos, dezenas de sucessos e fã-clubes espalhados pelo país, o musico Humberto Gessinger diz que não sente falta do tempo em que sua carreira era definida por executivos de gravadoras.

“Como artista você consegue ser mais ágil. Fica mais exposto, dá mais trabalho, mas para quem gosta do que faz hoje é melhor. Um projeto como este não seria viável antes”, avalia.

Gessinger se refere a sua nova turnê “Louco pra ficar legal” que traz ao palco do Teatro Positivo – Grande Auditório neste sábado (30) às 21h15. A abertura será do cantor paranaense Marcelo Archetti, um dos participantes da quarta edição do The Voice Brasil (confira informações sobre o show no Guia).

Novamente em um trio, como na formação original de sua antiga banda Os Engenheiros do Havaí, Gessinger toca baixo, teclado guitarras e acordeon.

No repertório, musicas novas como as que acaba de lançar em um compacto (disco com uma faixa de cada lado) de vinil e antigos sucessos da carreira,

Para Gessinger, este novo show é uma resposta aos três anos em viajou por todo Brasil com “inSULar” – trabalho pelo qual foi indicado ao Grammy Latino.

“Eu já estava na estrada há muito tempo e resolvi mudar o show e o repertório. Como ainda não tinha um disco pronto só de inéditas resolvi gravar neste formato compacto”.

No palco, ele promete repaginar algumas de suas musicas mais conhecidas com uma “pegada mais do rock e um pouco da musica regional”.

“Desde o inicio tenho essa coisa do músico jazz, de reinventar sempre a musica. Gosto muito de tocar os clássicos que o povo pede, mas quando eu vejo que eu estou no piloto automático eu dou um tempo delas”.

Haters

O público fiel do compositor em Curitiba parece não se importar . Seus shows são constantes e lotados na cidade o que mostra que o o gaúcho é um dos artistas mais amados de sua geração.

Por outro lado, muito em razão de suas letras consideradas geniais por seus fãs, Gessinger é espinafrado por outra parte significativa do público brasileiro de música pop que o acha poeticamente pobre.

“Isto é natural para quem tem um trabalho muito particular. Acaba atraindo este sentimento. Não posso reclamar. Acho que com o tempo corre a favor de quem tem este tipo de trabalho. As coisas vão se contextualizando”, filosofa.

URSS

Fundador dos Engenheiros do Hawaii em 1986, a banda de maior sucesso do chamado “rock Gaúcho” que explodiu naquela década, Gessinger disse que foi a escassez quem gerou tantas bandas em sua cidade.

“Na época Porto Alegre era uma cidade muito fechada, não tinha aquela abundância de informação como São Paulo, nem belezas naturais como o Rio. O lance era se fechar nas garagens e tocar. Dessa quantidade acabou saindo a qualidade”.

Com os Engenheiros, Gessinger conseguiu proezas como oito discos de ouro e uma excursão a União Soviética em 1989. “A gente chegou no fim do regime, em um ambiente confuso. Havia uma certa melancolia sobre o fim de um tempo e uma excitação de outro lado de uma juventude ansiosa pelos novos tempo”, lembra.

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