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Músico é famoso por sua voz aguda, de contratenor, que não é tão comum na música popular. | Jonas  Tucci/Divulgação
Músico é famoso por sua voz aguda, de contratenor, que não é tão comum na música popular.| Foto: Jonas Tucci/Divulgação

“Tomada”, álbum que o cantor Filipe Catto traz a Curitiba em show na Caixa Cultural de sexta a domingo (13 a 15 de janeiro) é definido por ele mesmo como um trabalho de muita intensidade. Mas, pelo menos no palco, é difícil saber quando o gaúcho não é uma explosão de alegria e força. Desde que o contratenor obteve reconhecimento com o EP “Saga” (2009), aos 21 anos, ele vem desenvolvendo com mais vigor e segurança a sua persona de apresentações.

De uma família de músicos, Catto começou a cantar aos 11 anos e acostumou-se, ainda na adolescência a compor suas próprias canções. Foi só quando se estabeleceu em São Paulo, a partir de 2010, que a porção intérprete começou a ganhar força, ao cantar músicas de compositores contemporâneos. A voz aguda rendeu-lhe comparações com Ney Matogrosso e, apesar das performances e figurinos ainda não estarem no mesmo patamar do veterano, ele tem se sentido mais à vontade ao vivo.

Serviço

Filipe Catto – Tomada

Caixa Cultural - Rua Conselheiro Laurindo, 280 – Curitiba (PR)

13 a 15 de janeiro de 2017 (sexta a domingo)

Horário: sexta-feira e sábado, às 20h. Domingo, às 19h.

Ingressos: R$ 20 e R$ 10

“A temperatura e energia dos shows também influenciam a minha composição”, diz ele, que ainda enxerga um tempo mais de estrada com “Tomada” antes de voltar ao estúdio.

A voz aguda, apreciada na música erudita e incomum na música popular, não foi uma questão, diz ele. “Comecei a cantar muito criança e minha voz sempre me acompanhou, não foi uma descoberta, sempre foi algo com muita naturalidade. A descoberta mesmo foi a interpretação”, afirma.

Parcerias

A saída de Porto Alegre também fez com que ele encontrasse uma turma que dividia o momento com ele, entre as quais Tulipa Ruiz, com quem cantou algumas vezes. “Foi a maior coisa que aprendi. A música é um trabalho coletivo. O palco é o lugar onde gosto de estar e também de muita parceria”, diz.

E o gaúcho de 28 anos tem se especializado em parcerias de composição e no palco. Já cantou com Ana Carolina, com o próprio Ney Matogrosso e Zélia Duncan, por exemplo. Em “Tomada”, compôs com Paulinho Moska e Pedro Luís “Dias e Noites”. Com a londrinense Simone Mazzer, com quem excursionou em 2016, tem uma sintonia impressionante. As músicas “Saga”, dele, e “Tango do Mal”, conhecida na voz dela, parecem uma só, de tão sincronizadas.

Esses encontros, garante ele, não são premeditados. “A vida acontece e a arte brota desta verdade. Todas essas parcerias vêm desta verdade. Sou muito de me entregar para isso. Para mim, dinheiro, ambição, status ou conveniência não valem de nada”, conta.

O retorno ao sul costuma ser bem alegre. “Eu tenho um público muito forte no sul e ainda sou extremamente sulista, ao mesmo tempo em que sou muito feliz nas pesquisas. Quanto mais eu me aprofundo nas minhas raízes, mais eu fico livre”, afirma o músico.

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