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Banda The Shorts propõe um novo gênero: Blue Noise | Isabella Mariana/Divulgação
Banda The Shorts propõe um novo gênero: Blue Noise| Foto: Isabella Mariana/Divulgação

O som é uma onda. E por mais que estejamos habituados a surfar nos acordes das bandas que já gostamos, vez ou outra aparece aquela que te desequilibra da prancha com aquele arranjo cheio de personalidade, aquele convite ao groove, aquele punch que torna difícil não querer mergulhar. Como um farol em um mar de possibilidades, separamos algumas apostas da música curitibana para inundar seus ouvidos.

Para integrar a lista, gênero não era uma condição, somente a questão de tempo: só podiam figurar bandas criadas em 2013, no máximo, já que a intenção era catalogar apenas bandas novas.

Iluminights

O que é: Indie Pop, Synthpop

Quando: 2016

Por que ouvir: com o primeiro trabalho lançado há apenas um mês, o projeto do produtor Cinho Knows pode ser ouvido na íntegra na web. Com seis faixas, o disco é um emaranhado simbiótico entre estímulos sonoros e acidez beletrista. Adeptos do DIY (faça você mesmo), o disco ganhou vida no estúdio do próprio Cinho, com a masterização assinada por Thiago Trosso (da banda Lou Dog). Em um futuro próximo, o plano é acrescer mais integrantes à banda para aumentar a sinergia entre a sonoridade orgânica e eletrônica.

Jenni Mosello

O que é: Jazz, Soul, Pop

Quando: 2015

Por que ouvir: Dá pra chamar de “diva” uma cantora e compositora de apenas 22 anos? Menos, não lhe faria justiça. Dona de um timbre cheio de suavidade, contrasta com uma segurança na interpretação das canções do disco “Sketches” de uma maneira simplesmente magnética. Assina três canções do disco - “Work It Out”, “Let It Burn” e “Runaway” - ao lado de Lucas Vaz e atualmente se prepara para lançar o segundo disco.

Giant Gutter From Outer Space

O que é: stoner rock

Quando: 2014

Por que ouvir: O duo formado por Hernan Borges de Oliveira (baixo) e Johnny R. Rosa (bateria) tem um volume de composição constante, com um de seus EPs “Stumm” (2016) contando com a produção assinada por Jean Dolabella, ex-baterista do Sepultura. A banda foge de rótulos em suas composições, deixando claro que a única preocupação é com a satisfação pessoal com o resultado. Em um futuro próximo, os fãs vão ter em mãos uma das faixas do EP em formato K7 e mais duas em vinil. Atualmente, estão focados em material inédito para três novos EPs e um LP.

Pompeu e os Magnatas

O que é: Funky Rock

Quando: 2015

Por que ouvir: O encontro de James Brown com o idioma tupiniquim, em uma fórmula onde o rock também faz parte do tempero. Cheia de Groove, funkadelic, referências como Tim Maia, Mandril e outras, a banda prepara o primeiro disco – que deve conter 11 faixas, entre elas “Dona Felicidade”, “Pompeia” e “Inconsciente” – ainda para este ano. Já dividiram o palco com a banda Pão de Hambúrguer, outro grande nome da cena local.

Marrakesh

O que é: Rock Psicodélico

Quando: 2014

Por que ouvir: Por que não dá pra não ouvir. Os integrantes colocam no som uma espécie de magnetismo púbere que só quem sobe em um palco com sua guitarra em punho aos vinte e poucos é capaz de emanar. Em março de 2016 os caras deram ao mundo o EP “Vassiliki”, com faixas como “Sheer Night”, “Nikko”, “On a Drop of Dew” e “Apeiron”.

Tropical Doom

O que é: Stoner Rock

Quando: 2015

Por que ouvir: Um som maduro, cheio de nuances e de peso expresso em letras conceituais. A banda formada por Sergio Sone, Rodrigo Kohntopp, João Farah e Pedro Valente foi descoberta pelo canal de vídeos texano Stoned Meadow Of Doom – que se autodenomina “The Label” (a gravadora), responsável por lançar material inédito de bandas iniciantes. O canal fez o lançamento do segundo EP da banda “Mangue”, que já conta com 17 mil visualizações. Atualmente a banda se prepara para turnê na Europa.

Garden of the Eatingtapes

O que é: Pop Rock

Quando: 2014

Por que ouvir: Inspirada em “Them Crooked Vultures” – projeto que reúne Dave Growl (Foo Fighters), Josh Homme (Queens of The Stone Age) e John Paul Jones (Led Zeppelin) – a banda curitibana tem dois discos independentes lançados e já prepara um terceiro. Ambos os discos – “Twist Of Fate” e Faster Than Light – tem a produção assinada por Tiago Brandão e flertam com uma sonoridade que se alterna entre o experimentalismo e uma levada yupie. O processo de gravação do segundo disco deu origem a um minidocumentário que você pode conferir aqui.

Hessex Alone

O que é: Rock Psicodélico

Quando: 2015

Por que ouvir: Com o álbum de estreia produzido por Xandão Meneses (O Rappa) e Tom Saboia, a banda investe em uma sonoridade fluida e plural para formar um caleidoscópio de influências e estilos, dentro de uma proposta assumidamente caótica. Os dois primeiros singles – “Caos” e “Filhos do Sol” podem ser ouvidos online e fazem parte da mesma estética neopsicodélica.

Machete Bomb

O que é: Rap/Rock/Samba

Quando: 2013

Por que ouvir: Machete Bomb é um híbrido que tem o melhor dos três mundos alcançado uma “mistura maloqueira em proporções desaconselháveis” feita por uma galera cheia de explosão. Aposta nas letras politizadas e na mobilização no melhor estilo Rage Against The Machine, Nação Zumbi e tantos outros. Afinada com seu tempo, foi a primeira banda a gravar um clipe em 360º no país com o clipe de “Loteca”, samba tradicional de J. Velloso.

Heavy Metal Drama

O que é: Indie Pop

Quando: 2014

Por que ouvir: Porque em um mundo de bandas que ostentam pretensos diferenciais para continuar sempre a mesma perfumada coisa, Heavy Metal Drama é realmente desconcertante. O paradoxo do nome e da sonoridade se revela no primeiro play. Já no EP de estreia “It Took You Too Long to Meet Heavy Metal Drama”, a banda demonstra a segurança de quem quis plugar os anos 80 em uma tomada e devolver o rock às pistas de dança. Músicas como “Tanned Blondie”, “Tedious Anxiety” e “Fairplay” não deixam dúvidas da proposta.

Lucas Seman

O que é: Pop/MPB

Quando: 2013

Por que ouvir: Lucas gosta de Metal e Rock mas prefere se expressar através da MPB. Essa aparente contradição só demonstra a extensão do seu horizonte artístico. Lançando seu primeiro EP “Criando Pontes” de forma independente, tem o trabalho marcado pelo hábito de “musicar poemas alheios”. Segundo ele mesmo, seu campo harmônico estaria situado entre Tiago Iorc e Lenine, dois dos balizadores do padrão de qualidade de sua produção autoral.

Divinora

O que é: Pós-Grunge

Quando: 2014

Por que ouvir: Um baixista que, dos escombros de uma banda que ruiu, resolveu encarar as luzes de frente e assumir os vocais de uma nova formação. A Divinora é fruto da vontade de seguir na música, tanto que, mal surgiu, já foi capaz de gerar o primeiro disco “Aqui e Agora”, gravado de forma independente. Já esteve em turnê pelo Rio Grande do Sul e São Paulo e atualmente se encontra novamente em estúdio para gravar o segundo disco cujo single deve se chamar “Ninguém Pode te Dizer”.

Farol Cego

O que é: Alt Rock

Quando: 2013

Por que ouvir: De uma geração que não se deixa prender a rótulos que mais servem à imprensa do que à música em si, Farol Cego mantém uma inquietude viva desde o primeiro trabalho e que permeia todo o devir enquanto banda. Enfrentando a transição de Lucas Leite para Felippe Mileke no baixo, a banda promete o lançamento do próximo disco “Do desespero eu fiz a paciência” até “o fim desse inverno”.

Cassandra

O que é: Sludge Metal

Quando: 2014

Por que ouvir: Porque cada música é uma premonição. Inspirada no personagem grego Cassandra – que teria previsto a guerra de Troia – a banda transforma cada composição em também uma referência a esse universo mítico/histórico. O som arrastado carrega em seu peso a atmosfera soturna do Doom Metal intercalada com a crueza do hardcore. O álbum de estreia intitulado “Amtumbra” – Gravado e produzido no Caffeine Sound Studio – está disponível para audição e download online.

The Shorts

O que é: Blue Noise

Quando: 2014

Porque ouvir: O quinteto formado por Natasha Durski (vocal), Andreza Michel (baixo e backing vocal), Babi Age (bateria), Taís D’Albuquerque (guitarra e backing vocal) e Daniel K (guitarra) confia tanto na originalidade do som que produzem que tem a deliciosa petulância de propor todo um novo gênero musical que melhor expresse suas aspirações. O “blue” da fórmula vem de influências de nomes como Nina Simone, enquanto o “noise”, meus queridos, esse já está implícito em tudo que a banda experimenta desde os palcos com o Rabo de Galo, Uh La La! ou YokoFive. A banda faz mistério sobre o nome do disco que prepara para outubro, mas deixa escapar que faltam apenas duas faixas e que o trabalho será finalizado na gringa.

Gui Sales

O que é: Folk Pop

Quando: 2014

Por que ouvir: Pelo seu envolvimento precoce com a música, Gui Sales ainda descobre o terreno ideal para a sua expressão, sem estar condicionado às exigências mercadológicas que muitas vezes empalidecem a expressão genuína do artista. Suas composições têm um misto de ingenuidade e entrega que chegam a espantar pela qualidade. Se o objetivo desta matéria é mapear as promessas da música curitibana, não há quem ocupe posição tão merecidamente.

Matheus Godoy

O que é: Folk/Rock

Quando: 2014

Por que ouvir: O projeto “Irmãos Carrilho” já tem seu lugar cravado no gosto dos curitibanos. Mas a zona de conforto não é algo compatível com a inquietude de Matheus Godoy. Explorar era uma necessidade. Por isso, o artista pôs em fase de maturação seu disco solo desde 2014. Nesse registro, há espaço para uma sonoridade mais elaborada, com a base do rock anos 60 polvilhada de metais, folk e até mesmo a música (dita) erudita. Você pode agradar aos seus ouvidos clicando aqui

Joanetes

O que é: “Sujeira dançante”

Quando: 2012-2013

Por que ouvir: Porque não há nada que incomode mais do que um joanete. E para uma banda punk que se preze, incomodar é o requisito primordial. Questionando a mesmice da música, com bandas que se vendem à estética normativa do sucesso, a Joanetes troca os spikes pelo vestido e a cara de mau por máscaras confeccionadas com material obtido de cavaletes de políticos... Que maneira de reciclar o lixo!

Corta Febre

O que é: Punk rock

Quando: 2015

Por que ouvir: Antes de mais nada... ONE, TWO, 3, FOUR! Corta Febre nasceu do desejo de se dedicar à música autoral depois de um ano inteiro dedicado a homenagear os Ramones com shows onde executavam o disco Loco Live na íntegra. Passado esse período de maturação, Tiago Dutra (voz e guitarra) reuniu indivíduos tão periculosos quanto a si mesmo e há cerca de um ano preparam o primeiro disco próprio. Também receberam o convite para integrar a coletânea “Fiends Behind The World - A Brazilian Tribute To The Misfits”, com uma versão de “Where Eagles Dare”.

Fearless Woman

O que é: Hard Rock/Metal

Quando: 2015

Por que ouvir: É mesmo necessário responder essa pergunta? Ok, vamos lá. Cinco mulheres que se dedicam a gêneros predominantemente masculinos mas que, pela qualidade e atitude, olham nos olhos dos veteranos sem medo. Atualmente preparam o primeiro disco totalmente autoral que deve conter canções como “Contra o Tempo”, “Volúpia”, entre outras que exaltam o estilo de vida livre do rock. Você pode conhecer o trabalho da banda aqui

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