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O período de 1974 a 1976 é um dos mais cultuados da obra de David Bowie. Foi nesta época que o artista, depois de aposentar uma de suas personas mais famosas, Ziggy Stardust, se mudou para os Estados Unidos e resolveu se voltar para a música negra, abandonando a tradição do rock dos anos 1960. E depois mudou de novo – inclusive apresentando outro alter ego, o The Thin White Duke –, no passo da dinâmica de mutações e apropriações de tendências que o fez ser lembrado como o “camaleão”.

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Entre o apocalíptico “Diamond Dogs” (1974) e “Young Americans” (1975), em que Bowie recriou a soul music e chegou ao auge da carreira, há um disco perdido: “The Gouster” (1974).

Descrito pelo produtor Tony Visconti como “40 minutos de funk glorioso”, o álbum é uma espécie de protótipo de “Young Americans”. A maioria das faixas acabou sendo incluída no disco oficial, em versões menos “cruas”. Outras foram lançadas mais tarde, como “John, I’m Only Dancing” – que saiu como single em 1979 em uma versão diferente da original, de 7 minutos de duração –, ou em reedições.

Agora o álbum é finalmente lançado integralmente na caixa “Who Can I Be Now? (1974-1976)”, que saiu na última sexta-feira (23). A compilação é uma sequência do box “Five Years (1969-1973)”, lançado há um ano. Além de “Gouster”, o lançamento reúne três álbuns de estúdio (“Diamond Dogs”, “Young Americans” e “Station to Station”, em suas duas mixagens), dois ao vivo (“David Live” na versão original e na remixagem de 2005 e “Live Nassau Coliseum ‘76”) e uma compilação de singles remasterizados (“Re:Call 2”). A versão física, que totaliza 12 CDs, inclui livretos com fotos e textos de nomes como o próprio Visconti, colaborador de longa data de Bowie. A digital soma 104 faixas – ou 8 horas e meia de música.

“The Gouster” e todo o restante do material dão sentido ao salto estilístico dado por Bowie no período, matizando uma mudança que parecia abrupta, conforme observou o “The Guardian”. Para fãs, funciona como uma peça a mais para resolver mais um dos atos misteriosos da lenda do rock.

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Febre em 2015, The Weeknd lança música nova

Lançamentos incluem um box de Jards Macalé, uma compilação de Bruce Springsteen e o novo da veterana Wanda Sá

Jards Macalé. “Jards Macalé – Anos 70” (box). Discobertas. MPB.

Ainda no terreno das compilações, outra caixa que merece atenção – ainda que ouvida apenas nas plataformas digitais – é “Jards Macalé – Anos 70”. O box reedita os dois primeiros álbuns do músico carioca, “Jards Macalé” (1972) e “Aprender a Nadar” (1974), e traz mais dois volumes de gravações caseiras resgatadas pelo pesquisador Marcelo Froes (selo Discobertas) do armário de Macalé, que é um dos artistas mais originais da música brasileira.

Bruce Springsteen. “Chapter and Verse”. Rock.

E já que estamos falando de nostalgia, tem para os fãs de Bruce Springsteen também. O “Boss” está lançando uma autobiografia, “Born to Run” (ainda sem lançamento no Brasil), e “Chapter and Verse” é a trilha sonora das memórias do músico norte-americano. São 18 faixas que cobrem desde os tempos de garagem com a banda The Castiles, nos anos 1960, até “Wrecking Ball” (2012), penúltimo álbum de Springsteen.

Wanda Sá. “Cá Entre Nós”. Fina Flor. MPB.

“Cá Entre Nós”, novo disco Wanda Sá, faz uma espécie de reunião de velhos amigos da cantora, uma das primeiras a gravar um LP na turma de Edu Lobo, Dori Caymmi e Francis Hime nos anos 1960. Além deles e do sempre presente Nelson Motta, que participaram da estreia de Wanda – “Wanda Vagamente”, de 1964 –, o novo trabalho traz participações de Ivan Lins, Roberto Menescal e outros.

The Weeknd. “Starboy” (single). R&B.

O terceiro álbum do canadense The Weeknd, que bombou em 2015, já está a caminho. Está previsto para 25 de novembro. Enquanto isso, a faixa-título já está no ar: chama-se “Starboy” e tem participação do cultuado duo Daft Punk.

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