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O trabalho para Tarantino editado no CD foi a primeira trilha de Morricone para cinema western desde “Buddy no Velho Oeste” (Michele Lupo, 1981). Aos 87 anos, Morricone – até hoje morando em Roma, tendo recusado convites para ir a Hollywood – não coloca tanto peso neste período inicial de sua obra, cujas matrizes musicais remontam à vanguarda italiana. Ele sublinha que apenas 35 de suas mais de 450 trilhas sonoras são para filmes de faroeste.

Tarantino leva Ennio Morricone de volta ao Velho Oeste

Trilha sonora de “Os Oito Odiados” – primeiro filme do cineasta com música original do compositor italiano – está disponível em CD

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E apesar do culto de Tarantino aos spaghetti westerns, a trilha que Morricone fez para seu filme não presta tributo ao passado. Em “Os Oito Odiados”, o compositor não fez uma trilha de faroeste por não considerar que se trata de um. Para ele, trata-se de um drama que se passa em um momento da história norte-americana, em uma paisagem rara de se ver em filmes do gênero. “[Os Oito Odiados] não é realmente um western”, disse o compositor ao “Guardian”, em janeiro. “A música que eu escrevi para Sergio Leone pertence àqueles filmes e àquele período, mas com esta eu queria ir mais na direção da música sinfônica ou mesmo da música popular americana. Era importante fazer algo que quebrasse aquela tradição.”

Em fevereiro, o compositor italiano disse ao site “Deadline” que Tarantino já falou em trabalhar novamente com ele em um próximo filme. Morricone disse que, desta vez, quer entrar no projeto mais cedo, com mais tempo para discutir ideias com o diretor.

Foi só com a trilha de “Os Oito Odiados” que o compositor italiano recebeu seu primeiro Oscar, embora já tivesse sido indicado outras cinco vezes e recebido o Oscar Honorário em 2007, “por suas contribuições magníficas para a arte da música e do cinema”.

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