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 | Osvalter Urbinati
| Foto: Osvalter Urbinati

Aos 78 (juram uns) ou aos 85 (asseguram outros), Elza Soares diz que só melhora: “Sou igual a vinho. Pena que não posso me tomar por causa dos remédios”.

Agora, ela quer encontrar a juventude. Para isso, chamou os DJs Ricardo Muralha e Bruno Queiroz, e criou o projeto A Voz e a Máquina, em que fornece arranjos eletrônicos a clássicos mais “comportados” do seu vastíssimo repertório. As apresentações acontecem de quarta-feira (2) a domingo (6) na Caixa Cultural, em Curitiba. Os ingressos estão esgotados para todas as sessões.

“É como um atalho para mostrar a música brasileira ao pessoal mais jovem. Tem batida, eles gostam”, explica Elza, por telefone, de sua casa no Rio de Janeiro. Então, em meio a drum & bass, house e techno, ela irá cantar “Você Abusou” (Antônio Carlos e Jocafi), “Garota de Ipanema” (Vinicius de Moraes e Tom Jobim), “W/Brasil” (Jorge Ben Jor) e “Computadores Fazem Arte” (Chico Science & Nação Zumbi).

A Voz e a Máquina
Elza Soares. Caixa Cultural (R. Conselheiro Laurindo, 280). De quarta (2) a sábado (5) às 20h. Domingo (6) às 19h. Ingressos esgotados.

“É um repertório mais comportado sim, mas tem fogo no meio”, avisa a cantora, que recentemente finalizou a turnê de “Elza Canta Lupicínio”, homenagem a Lupicínio Rodrigues (1914-1974), compositor de “Se Acaso Você Chegasse” (1960), seu primeiro hit. A estreia do novo projeto aconteceu na Alemanha, com uma recepção “maravilhosa”, diz Elza. A viúva de Garrincha havia flertado com os beats no disco “Do Cóccix ao Pescoço” (2002). Versátil, o álbum também ajudou a ampliar seu público.

“Café com limão”:  curitibano tornou-se confidente da cantora

Para temperar a voz, Elza Soares faz gargarejo de café preto com limão. Quem segreda é o cabeleireiro curitibano Fheliciano Macan. Ele foi amigo íntimo e confidente do casal Elza Soares e Mané Garrincha.

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Não é pouca coisa: Elza Soares irá fazer cinco shows em sequência. A pequena maratona não assusta a senhora que tem 16 pinos na coluna – colocados em quatro cirurgias desde o tombo que sofreu em 1999, ao despencar (dois metros de altura) do palco do Metropolitan, no Rio de Janeiro. Hoje ela canta sentada. “Dou conta. Mesmo com a coluna operada há um ano. Incomoda um pouco, mas eu tô ótima. A voz continua ótima”, diz a “Cantora do Milênio” de acordo com eleição feita pela BBC de Londres no ano 2000. Ela não sossega: dia 23, com show em São Paulo, irá lançar “A Mulher do Fim do Mundo”, seu primeiro disco totalmente de músicas inéditas. Serão dez músicas compostas por José Miguel Wisnik, Romulo Fróes, Celso Sim, e outros.

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