Os cantores Milionário e Marciano apresentam neste sábado (2), na Live Curitiba, o show “Lendas”, que reúne clássicos das antigas duplas.
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Da dupla Milionário e José Rico, eles cantam músicas como “Vontade Dividida”, “A Carta” e “Estrada da Vida”, um hino do gênero.
De João Mineiro e Marciano, entram canções como “Ainda Ontem Chorei de Saudade” e “Viola Está Chorando”.
Milionário conta que não foi difícil escolher as músicas de cada dupla. Segundo o cantor, Marciano canta com um estilo parecido com o de José Rico, morto em março de 2015, aos 68 anos. E que ele, por sua vez, canta parecido com João Mineiro, que morreu em março de 2012 (ele já não formava dupla com Marciano desde 1993).
“A primeira coisa para uma dupla dar certo é que os duetos de vozes têm que ser parecidos”, ensina o “segundeiro”, em entrevista por telefone à Gazeta do Povo. “As duplas têm que ser as vozes gêmeas, parecidas, para dar o tempero musical, que é o que faz funcionar”, diz.
Lendas
Ele conta que a ideia de formar a dupla veio de um amigo que os cantores têm em comum, logo bancada pelo escritório de Fernando e Sorocaba. O CD e DVD do show “Lendas”, lançado em abril, tem arranjos fieis ao estilo de música sertaneja que consolidou a geração dos cantores – marcado por influências da ranchera mexicana, polca e guarânia. “Pusemos no mercado uma coisa que não tinha na época”, lembra Milionário.
O show é inspirado no cenário dos circos, que foram os principais palcos para as duplas no começo de suas carreiras, ainda no começo dos anos 1970. “Naquela época não tinha feiras, exposições, festas. Ou até tinha, mas não contratavam música sertaneja. Então a gente apelava para os circos, que eram quem dava trabalho para as duplas”, lembra.
A turnê começou a percorrer o país recentemente, e o plano é continuar com a dupla indefinidamente, segundo Milionário. “Acho que vai ter continuação”, diz o cantor, otimista com o público diversificado que tem visto nas plateias.
“Eu e José Rico tínhamos uma música [‘Levando a Vida’] que dizia: ‘feliz daquele que tem uma história para contar’. Acho que a música tem que ter uma história para poder ficar”, defende. “Hoje temos clássicos, gravados há muitos anos, que continuam na boca da molecada. E todo mundo canta.”
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