• Carregando...

As 62 obras de arte apreendidas na 13ª. fase da operação Lava Jato, deflagrada na semana passada, devem chegar nesta terça-feira (26) em Curitiba, informou a Polícia Federal (PF).

O material, que faz parte da quarta leva de obras apreendidas na investigação, consiste em 60 quadros e duas esculturas apreendidas na casa do suposto operador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobras, Milton Pascowitch – preso pela PF – e também do irmão dele, José Adolfo Pascowitch, que teve de cumprir mandado de condução coercitiva. Milton Pascowitch, é suspeito de atuar como operador do esquema para o PT e também para as empresas Engevix, UTC e GDK – que mantinham contratos com a Petrobras.

Obras em exposição

Desde o dia 14 de abril, 48 obras dos dois primeiros lotes enviados ao Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, integram a mostraObras sob guarda do MON”, em cartaz até o dia 12 de julho.

Outras quinze obras do primeiro lote já estavam em exposição desde 17 de janeiro, na mostra “Acervo MON – Aquisições 2013/2014”, que termina no próximo dia 14 de junho.

De acordo com a Polícia Federal, as obras chegam em Curitiba no fim da tarde. Elas serão levadas diretamente para a superintendência da PF, de onde, ainda nesta semana, seguirão para o Museu Oscar Niemeyer (MON) – que mantém sob guarda os trabalhos artísticos apreendidos na investigação até decisão definitiva da PF.

Com a chegada deste, o acervo de obras da Lava Jato abrigado no MON aumenta de 203 para 265.

Quarentena

Procedimento comum para qualquer obra enviada ao museu, o material que chega hoje em Curitiba deve ser mantido em quarentena assim que der entrada no MON, antes de uma possível exposição. A técnica é importante para detectar e eliminar possíveis contaminantes que possam afetar o resto da coleção.

Histórico

No ano passado, foram repassadas à Secretaria de Cultura do Paraná 16 obras de importantes artistas, a maioria brasileiros. Os quadros estavam na residência e no escritório da doleira Nelma Kodamo. A suspeita da PF é de que a compra das obras tenha servido para lavar dinheiro obtido irregularmente.

No início de fevereiro deste ano, o MON recebeu outras 48 obras de arte apreendidas na operação. O pacote inclui dois painéis do badalado artista brasileiro contemporâneo Vik Muniz, obras de Romero Britto, um painel do curitibano Sergio Ferro, além de cinco gravuras de Salvador Dalí e várias outras pinturas e fotografias de artistas conhecidos da cena brasileira.

Estas obras estavam no Rio de Janeiro, na mansão do empresário Zwi Skornick, que seria um dos operadores do esquema de propinas cobradas pela Petrobras.

Pouco mais de um mês depois, 139 novas obras foram encaminhadas para o museu. Destes, 131 foram recolhidos na casa do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Roberto Duque, que permanece detido em Curitiba. O restante do material foi apreendido na residência do empresário Adir Assad, preso sob a suspeita de ser um dos operadores do envio para o exterior de dinheiro originado de propinas que movimentaram o esquema de pagamento de propina.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]