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A arte de Waltel Branco sempre esteve meio ao léu. Ele confiava mais em seu talento, e às vezes na sorte, do que propriamente na profissionalização do seu trabalho. Um dos maiores violonistas do país nunca teve um empresário que o ajudasse a tomar decisões, a escolher entre um caminho e outro. Mesmo assim, Waltel fez o que fez.

Quem é seu braço direito hoje é o produtor Pio Santana. Conhece a vida do mestre como poucos. E põe a mão na massa pensando claramente em lançar ao mundo parte das mais de 5 mil músicas que levam a assinatura do paranaense.

O próximo trabalho já está a caminho. É o CD 101 Músicas de Waltel Branco, projeto realizado via Lei Municipal de Incentivo à Cultura, que irá apresentar, ainda neste ano, o que há de mais puro na arte do violonista: o som de seu instrumento.

Serão cinco discos, explica Santana, com 20 músicas em cada volume. Dentre elas, as chamadas "Waltelianas", 15 músicas que resumem a técnica apurada do músico e imitam o que aconteceu com Heitor Villa-Lobos (188–1959) e suas "Bachianas Brasileiras", série de nove músicas que homenagearam o compositor alemão Johann Sebastian Bach (1685–1750). O projeto está em fase de captação. E o show de lançamento deve ocorrer ainda este ano.

Outra homenagem será o concerto de Waltel Branco com a Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa, na cidade dos Campos Gerais que fica a pouco mais de cem quilômetros de Curitiba. "Irá acontecer o mais rápido possível", diz Santana. Na ocasião, serão gravados um DVD e um CD ao vivo.

Há também conversas com a Som Livre, gravadora detentora dos direitos fonográficos das novelas para as quais Waltel Branco compôs trilhas sonoras durante seu trabalho para Rede Globo, por cerca de 20 anos. A empresa deverá relançar os discos e facilitar o acesso às músicas que ajudaram os programas a marcar época na tevê brasileira.

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