Como se não bastasse a complexidade da discussão sobre a Rua São Francisco, outro inconveniente joga pimenta naqueles paralelepípedos.
Um prédio comercial de cinco andares, ao lado da Praça de Bolso do Ciclista, está ocupado ilegalmente desde o início de 2015 pela Ocel – Ocupação Cultural Espaço da Liberdade.
“O prédio está abandonado há 20 anos, sem função social nenhuma. É emblemático. Por se tratar de um lugar que está na pauta da cidade [a Rua São Francisco], decidimos ocupar”, diz Will Capa Preta, um dos líderes do movimento.
Dentro do edifício há uma biblioteca e uma exposição artística. Os ocupantes – Will não informou o número – têm água e luz à disposição e também promovem cineclubes e oficinas culturais.
Keizo Assahida, representante da construtora Weber, responsável pela edificação, diz que a Ocel se aproveitou de uma facilidade que concedeu à ONG Ciclo Iguaçu, responsável direta pela idealização da Praça de Bolso do Ciclista, quando do nascimento do espaço. “Abrimos o prédio para que o pessoal guardasse material de construção ali. Aí eles se infiltraram no meio, entraram e não querem mais sair”, diz.
O Ciclo Iguaçu confirma que não mantém relações com Will Capa Preta e que pôde utilizar o espaço na época da construção da praça.
Assahida entrou na Justiça contra a Ocel e há uma liminar para que o edifício seja desocupado amigavelmente até o próximo dia 6 de maio.
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