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O drama islandês Vulcão teve seus ingressos esgotados rapidamente | Divulgação
O drama islandês Vulcão teve seus ingressos esgotados rapidamente| Foto: Divulgação

Público

10 mil pessoas é o público estimado que passou pelas sessões de filmes, debates e seminários promovidos dentro da programação oficial do evento.

Interatividade

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Espectador

"Público de Curitiba está carente de opções"

O fotógrafo e professor Bruno Oliveira Alves, de 27 anos, assistiu a 11 filmes da programação do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba. Finda a maratona, chegou à conclusão de que a cidade anda carente no que diz respeito à diversidade de títulos que é oferecida ao público. "A gente não vê esse tipo de produção nas salas de exibição – há muito poucas opções."

Para sustentar a sua tese, Bruno contou que teve dificuldade de conseguir ingressos para muitas das sessões, devido ao grande número de pessoas que disputavam as entradas. Viu quase tudo o que quis, mas não sem algum sacrifício, prova de que há, sim, demanda por variedade entre os cinéfilos locais.

O fotógrafo achou o evento bem organizado de uma maneira geral e apenas reclamou da legendagem eletrônica, nem sempre sincronizada ou capaz de traduzir os diálogos da melhor forma possível.

  • O documentário paranaense Iván – De Volta para o Passado também teve seus ingressos esgotados rapidamente

A primeira edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba, que se encerrou ontem à noite, foi um êxito de público. E nem foi preciso esperar que as últimas sessões acontecessem para se chegar a essa conclusão.

Quem foi ao Espaço Itaú de Cinema, no Shopping Crystal, pôde comprovar: de quarta-feira passada, primeiro dia de exibições abertas dos filmes, até ontem, quando ocorreram as últimas sessões e a premiação, havia filas para a retirada de ingressos para quase todas as sessões e, em muitas delas, via-se gente sentada no chão dos corredores das duas salas do multiplex que participavam do evento. Isso sem falar de quem voltava da bilheteria: nem conseguia entrar na sessão quando a lotação, até a de "lugares alternativos", se esgotava.

As exibições na Cinema­teca – a terceira sala do festival – foram menos concorridas, mas várias delas encheram ou tiveram mais da metade dos lugares tomada.

Perfil

Segundo o cineasta Aly Muritiba, um dos diretores e curadores do Olhar de Cinema, a estimativa é de que 10 mil pessoas tenham passado pelas sessões de filmes, debates e seminários promovidos dentro da programação oficial do evento. "No Espaço Itaú, distribuímos uma média de 900 ingressos por dia, todos os que tínhamos disponíveis."

Quanto ao perfil do público, Muritiba afirmou que não houve uma pesquisa formal, mas a produtora do evento, a Grafo Audiovisual, produziu, ao longo de todos os dias de programação, documentários de making of, mostrando os bastidores, depois veiculados no site do evento e nas redes sociais, como o Facebook. A percepção é de que, embora a maioria do público fosse jovem, havia espectadores de outras faixas etárias, inclusive crianças. "Vi gente do meio audiovisual, estudantes de cinema, mas eu nunca tinha visto na vida a maior parte de quem estava nas salas e nas filas. A resposta do público superou amplamente nossa expectativa, embora a atenção dos meios de comunicação, de uma maneira geral, tenha deixado a desejar."

Campeões de audiência

Dentre os 73 filmes participantes das várias mostras, alguns tiveram seus ingressos disputados praticamente a tapas. Iván – De Volta para o Passado, documentário paranaense em longa-metragem do diretor Guto Pasko, integrante da mostra Mirada Paranaense, foi o título mais disputado, "Se tivéssemos exibido o filme em oito sessões, todas teriam lotado." Como se trata da uma produção local, que conta a história de um imigrante ucraniano idoso que retorna à sua terra natal, a repercussão era até esperada. Mas Vulcão, filme islandês integrante da competitiva Janela Internacional, teve os bilhetes de suas duas sessões abertas ao público esgotados em 15, 20 minutos. Uma resposta surpreendente.

O fato de ter entrada franca em todas as sessões pode ter cooperado para o êxito do evento, é claro. Muritiba disse que foi uma opção da organização do festival não cobrar ingressos, para aproximá-lo mais do público, torná-lo conhecido. Não se descarta a cobrança de um valor simbólico pelas entradas nas próximas edições, mas, principalmente, para que os produtores dos filmes possam contabilizar esses espectadores no seu público, já que exibições gratuitas não costumam entrar nessa soma. "Mas, se isso ocorrer, será um preço baixo. Não somos exibidores", disse o curador.

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