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O Paço Municipal – único prédio da capital paranaense tombado pelo Patrimônio Histórico Nacional – deverá abrigar um novo centro cultural em Curitiba. O prefeito Beto Richa confirmou nesta segunda-feira o fechamento de um acordo com a Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR) para a restauração do edifício construído em 1916 na Praça Generoso Marques, centro da capital. A despeito da sua importância histórica e arquitetônica, o prédio está vazio e tem sido submetido a toda sorte de depredações e vandalismos desde 2002, quando o Museu Paranaense – que utilizou o local a partir de 1974 – foi transferido para o Palácio São Francisco, na Praça João Cândido.

"Vamos salvar o prédio histórico da degradação por meio de uma parceria que não terá custo algum para os cofres do município", ressalta o prefeito. Cerca de R$ 5 milhões devem ser investidos pela Fecomércio na restauração.

Pelo acordo, a Fecomércio-PR, por meio do Serviço Social do Comércio do Paraná (Sesc-PR) – uma das entidades administradas pela federação –, assumirá a responsabilidade de restaurar o edifício, resgatando suas características originais. O contrato de parceria entre a prefeitura e a federação, contudo, ainda não foi assinado, o que deve ocorrer nos próximos dias. "O contrato ainda está sendo elaborado, mas em breve deverá estar pronto", disse Richa. Os termos do acordo deverão ser feitos na base do comodato – permissão por um determinado tempo, mediante pagamento ou compromisso assumido.

O projeto de revitalização foi feito pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). De acordo com Luís Henrique Fragomeni, presidente do Ippuc, as obras de restauro devem começar ainda este ano. "A conclusão do restauro deve levar em torno de um ano e meio", estima Fragomeni.

Segundo o presidente da Fecomércio-PR, Darci Piana, o Sesc estava há algum tempo procurando um local para centralizar suas atividades culturais em Curitiba. Quando a intenção chegou aos ouvidos do prefeito, o fechamento do acordo foi apenas questão de tempo. "Queremos contribuir para a cultura do nosso estado, reativando um imóvel importante para a cidade e transformando-o em um centro de referência cultural", destaca o dirigente, que ainda revela detalhes da utilização do espaço, que será aberto à população. "No prédio haverá biblioteca, local para reuniões e encontros de caráter cultural, área de acesso à internet e lugar para as mais diferentes manifestações artísticas", explica Piana. Ele afirmou ainda que, assim que o contrato com o município for assinado, será aberta uma licitação pública para definir a construtora responsável pelas obras.

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