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 | Henry Milleo/Gazeta do Povo
| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

As peças

Hoje tem as peças Beije Minha Lápide, Double Rite, Através de um Espelho, Drummond, Pessoas Perfeitas, Ensaio para um Adeus Inesperado e Nêgo .

Bailarinos especialistas numa linguagem por vezes árida decidem parar o trânsito de Curitiba com sua arte.

Tirando fina dos carros, que por pouco não passam por cima dos corpos malhados dos porto-alegrenses do grupo Muovere, eles transformam a apresentação numa grande comédia, brincando com diferentes gêneros da dança e arrancando aplausos e buzinadas.

Apesar de atrapalhar o tráfego, o Muovere, criado há 26 anos, deu uma lição de cidadania ao levar seu espetáculo de rua para a faixa de pedestres da Rua XV, ao lado da Praça Santos Andrade, por onde passava muita gente que nunca tinha assistido a algo parecido.

Eram crianças como os irmãos Ana Luiza e Guilherme e funcionárias da limpeza do prédio histórico da UFPR.

Ou o cabeludo Pabli Rodrigo de Bonfim, de 7 anos, que pediu à mãe para ficarem por ali até começar.

Como sua interlocução artística mais frequente é com a televisão, ele costuma dizer que, quando crescer, fará “desenhos de tevê”.

O palhaço Abel, tradicional nas Ruínas de São Francisco, optou por levar seu show para a Rui Barbosa no primeiro dia de festival, onde encontrou uma plateia escolar bem animada.

Com atividades concentradas no centro da cidade e no interior dos teatros, o efeito que o festival produz sobre a cidade é bastante disperso, podendo ocorrer de alguém nem perceber que ele passou.

Mas quem tem interesse na área se rejubila com a vasta opção de petiscos cênicos, como dois estudantes de teatro da PUC que conferiram a estreia de Sueli Rocha em Glue Trap no miniauditório do Guaíra, na tarde de quarta-feira, dentro do Fringe.

Para falar a verdade, eles escolheram a peça pelo horário, mas ao chegar ficaram empolgados com a própria plateia: “Olha ali, tem duas atrizes da Companhia Brasileira... tem muita gente da área aqui”.

O público realmente era formado em grande parte por conhecidos, mas a resposta positiva ao monólogo da companheira, que voltou de Nova York após 25 anos, foi bastante sincera, com explosões de riso num crescendo até o gran finale.

De passagem

Há quem venha a Curitiba especialmente para conferir os espetáculos, como o ator amador de 17 anos Jefferson Paulino, de Poxoréu (MT).

Ele encontrou a reportagem enquanto curtia uma peça gratuita, de rua, mas contou dispor de cerca de R$ 500 para comprar ingressos durante o festival: trata-se de um investimento na carreira que ele deseja seguir.

Até hoje ele havia acompanhado festivais em seu estado, em Primavera do Leste e Cuiabá.

Nos espetáculos da mostra principal, o público especialista se divide com curiosos.

Na plateia de A House in Asia, da Espanha, uma fileira inteira falava inglês e disputava os melhores lugares, trazendo um ar mais cosmopolita para a cidade. Sim, temos um festival internacional!

Turistas não sabiam do evento curitibano

“Gostamos de viajar para cidades não turísticas. E essa não é uma cidade turística.” O casal de turistas canadenses de terceira idade fez os curitibanos orgulhosos engolirem em seco na Praça Santos Andrade, enquanto curiosos se ajuntavam para bater palmas para os bailarinos contemporâneos de Porto Alegre que dançavam, na manhã do primeiro dia do Fe

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