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“A cada década, fui percebendo como as mulheres conquistaram seu espaço e como minhas personagens ajudaram muitas delas a refletir sobre sua realidade.” É assim que a atriz Regina Duarte, 68 anos, avalia a carreira de 50 anos na tevê, na pele de mulheres que conquistaram o público e marcaram a teledramaturgia.

Estreante do universo televisivo em 1965, Regina lembra que não se sentia preparada para aparecer na tevê, ainda mais ao lado de Tarcísio Meira e Glória Menezes, em “A Deusa Vencida” (Excelsior). “A estreia foi uma surpresa. Eu fazia teatro amador havia quatro anos, fiz comerciais, testes para a tevê e comecei como coadjuvante de maneira inesperada”, diz. “A personagem cresceu tanto, que protagonizei as cenas finais e ganhei prêmios na época. Foi um começo e tanto.” Para Regina, iniciar sob a direção de Walter Avancini (1935-2001) foi um diferencial. “Ele era o grande cara da época, fazia as melhores produções e valorizava os atores”, lembra.

Nos primeiros anos nas novelas, Regina colecionou personagens doces e ingênuas, traço que ficou ainda mais marcante com a trama “Minha Doce Namorada” (Globo, 1971-1972). O papel da sensível Patrícia lhe deu o título de Namoradinha do Brasil. “Esse apelido prova que a novela deu certo, mas aí percebi que comecei a ser chamada para viver mulheres parecidas com a Patrícia, sempre muito ingênuas.”

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