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Cena do filme, rodado entre 1964 e 1984. | Divulgação
Cena do filme, rodado entre 1964 e 1984.| Foto: Divulgação

O Sesc Água Verde (Av. República Argentina, 944), promove a partir das 19 horas desta segunda-feira (2), exibição e debate sobre o filme Cabra Marcado para Morrer, de Eduardo Coutinho (1933-2014). O evento faz parte da 9.ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos no Hemisfério Sul e a entrada é gratuita.

Um dos documentários mais importantes realizados no país é a obra-prima do diretor paulista, conhecido pela sensibilidade artística e por sua aprimorada técnica de entrevista. O filme revela a história quase épica do camponês João Pedro Teixeira e, como outros filmes de Coutinho, acaba por apresentar o mito do herói no sujeito anônimo.

As filmagens de Cabra Marcado Para Morrer foram iniciadas em 1964. João era líder da Liga Camponesa de Sapé (PB), e foi assassinado por latifundiários. Coutinho reconstitui ficcionalmente o episódio, com todo o emaranhado político envolvido no caso e com depoimentos da viúva de João, Elisabeth, e também de amigos e familiares.

No mesmo ano, o filme é interrompido por causa do golpe militar. Dezessete anos depois, o cineasta retoma o projeto e revisita seus personagens, agora em momentos diferentes, embora com cicatrizes do passado sempre a incomodar.

Entre outros documentários, Eduardo Coutinho também dirigiu o impressionante Edifício Master (2002) e Jogo de Cena (2007). Seu último trabalho foi Um Dia na Vida (2010), filme experimental sobre a programação da televisão brasileira que ficou na gaveta do cineasta – ao lados dos maços de cigarro – devido a imbróglios sobre direitos autorais.

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