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Escritos originais de Leminski integram a exposição, ao lado de objetos como uma máquina de escrever que pertenceu a ele | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Escritos originais de Leminski integram a exposição, ao lado de objetos como uma máquina de escrever que pertenceu a ele| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

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O escritor Paulo Leminski (1944-1989) soube, como ninguém, traduzir a alma do curitibano. Conhecido principalmente pelo trabalho literário, Leminski foi um artista plural: atuou na música, na poesia e foi um exímio tradutor. Também enxergou potencial artístico no grafite antes mesmo de a arte de rua estourar, trabalhou como publicitário e adorava histórias em quadrinhos. Todas essas facetas do autor poderão ser conhecidas na exposição Múltiplo Leminski, que inaugura amanhã no salão principal (o "olho") do Museu Oscar Niemeyer, o MON. A entrada é franca na abertura, às 11 horas.

Com curadoria de Alice Ruiz, que foi casada com o artista, e Áurea Leminski, filha do casal, direção musical de Estrela Leminski (também filha) e cenografia de Miguel Paladino, a exposição traz itens pessoais, como uma de suas máquinas de escrever, fotografias da infância, manuscritos e uma linha do tempo que conta a sua trajetória pessoal e artística.

Grande parte do material pertence à família e aos amigos; outra veio do Itaú Cultural que, em 2009, realizou Ocupação Leminski, em São Paulo, nos 20 anos da morte do escritor.

O cenógrafo também dividiu os ambientes do espaço conforme a atuação de Leminski, como as traduções que realizou e os primeiros trabalhos publicitários (na agência zap). Por todo o local, vitrines vão abrigar os livros originais, cadernos e outros manuscritos, além de um mapa de Curitiba indicando alguns locais que ele costumava frequentar. Um grande painel em grafite no meio do salão foi feito pelos artistas Marciel Conrado, Thiago Syen e Jorge Galvão.

Paladino recriou, ainda, o ambiente da biblioteca pessoal de Leminski, onde estarão alguns livros do acervo particular. Elaborou também um espaço para crianças (com a letra da música "Xixi nas Estrelas", que fez em parceria com Guilherme Arantes) e outro local com histórias em quadrinhos eróticas (a entrada nesta sala será permitida somente para maiores de 12 anos). "Exploramos desde a faceta de trabalhos para jovens até outros proibidos", diz o cenógrafo.

Amigos

Das fotografias expostas na mostra, várias são de amigos que registravam Leminski espontaneamente, como Dico Kremer e João Virmond. "Leminski foi muito respeitado e admirado pelos amigos e parceiros. Era uma turma muito unida. Essa exposição não seria possível sem essas colaborações", salienta a diretora do MON, Estela Sandrini. Para ela, os haicais de Paulo Leminski viraram lemas incorporados no cotidiano. "Ele foi genial na escrita, no humor e na ética do seu trabalho."

E atenção: neste domingo o museu abre às 13 horas.

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