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“Vida e obra” do músico fundador da Karnak ganhou série no Canal Brasil: Sonhos de Abu é transmitido todas as sextas-feiras, às 23h30. | Roberta Goldfarb/Divulgação
“Vida e obra” do músico fundador da Karnak ganhou série no Canal Brasil: Sonhos de Abu é transmitido todas as sextas-feiras, às 23h30.| Foto: Roberta Goldfarb/Divulgação

Abu chega à agência de publicidade para uma reunião importante. À mesa, publicitários passam a ele o briefing da campanha que estão tocando – a de um novo barbeador com oito lâminas – para a qual querem que Abu faça a trilha. Confusos, eles não sabem ao certo o que almejam musicalmente, mas batem na tecla que tem de ser um jingle de “macho”. Sem saber que caminho seguir, Abu, involuntariamente, vê ideias brotarem em seus sonhos – aqui, retratados em animações.

Extraindo comicidade de situações adversas, ao estilo de Jerry Lewis e tantos outros comediantes clássicos, esse primeiro episódio da série Sonhos de Abu, que estreou na última sexta-feira, 17, às 23h30, no Canal Brasil, é inspirado em fatos reais. Assim como os outros 12 episódios. Há sempre uma história pinçada de experiências próprias ou alheias, contam André Abujamra e Rafael Terpins, idealizadores do projeto. “O Zé Rodrix [o amigo compositor] passou por essa situação”, conta Abujamra, referindo-se ao tal jingle de “macho” feito sob encomenda.

O Abu da série é o personagem de André Abujamra – e que tem muito dele próprio. Nessa história de vida de Abujamra “verdadeiramente falsa” ou “falsamente verdadeira”, o roteiro não é estagnado. Pelo contrário. Os atores e não atores não só tinham plena liberdade como não encontravam outra alternativa a não ser improvisar, sobretudo nos diálogos. “Isso foi dando um tom coloquial, me incomoda muito o roteiro nas novelas e nos filmes. Não soa natural”, observa André Abujamra.

Nesse jogo de improviso, surgiram resultados hilários, como o fagote proposto por Abu para a trilha sonora da propaganda publicitária. “A gente já decidiu que não ia ter pagode”, dispara a personagem Giovanna (da ótima Giovanna Velasco), com sotaque carregado no paulistanês. E, quando ele usa o filme O Encouraçado Potemkin como referência na reunião, a mesma personagem recusa a ‘Potranquinha’ nessa trilha.

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