• Carregando...
Beatriz (Glória Pires) não consegue ter carisma nem como vilã. | Alex Carvalho (Globo)/Divulgação
Beatriz (Glória Pires) não consegue ter carisma nem como vilã.| Foto: Alex Carvalho (Globo)/Divulgação

Três autores parecem não estar sendo suficiente para manter Babilônia em um nível de audiência elevado. Segundo informações que começaram a circular na imprensa, o responsável pelo setor de Dramaturgia da Rede Globo, Silvio de Abreu, teve que dar uma “mãozinha” para o trio, na tentativa de acelerar a história e atrair o público que costumava se manter fiel à emissora no horário nobre das 21 horas.

Segundo a colunista do jornal O Globo Patrícia Kogut – e conforme outros portais de notícias cariocas –, Abreu ajudou a revisar e até mesmo editar capítulos já prontos da trama, que teve compactados 12 episódios em 6 (que foram ao ar entre os dias 20 e 25 de abril).

Assim, a história acelerou e acontecimentos que estavam previstos para mais tarde, como a detenção de Murilo (Bruno Gagliasso), foram antecipados.

A novela “reformulada” começou a ser veiculada na última segunda-feira (27) com a visível e, aparentemente, definitiva separação entre as supostas cúmplices Inês (Adriana Esteves) e Beatriz (Glória Pires)

Em entrevista ao jornal O Dia, Ricardo Linhares, que divide a autoria da trama com João Ximenes Braga e Gilberto Braga, falou que a decisão de mexer nos capítulos foi tanto dos autores como da direção geral da emissora. Ao mesmo veículo, ele negou que desentendimento nos bastidores da produção.

Babilônia está à beira de um fracasso, só comparável ao fiasco da última trama de Manoel Carlos, Em Família, exibida em 2014.

A falta fôlego é evidente até mesmo pelos comentários, que surgem murchos nos dias seguintes. Não é, nem de longe, uma referência de produção – que, aliás, há muito não se tem na tevê.

De acordo com o Ibope, a média de audiência da atual trama das nove tem ficado em torno dos 28 pontos. Para se ter uma ideia, fica abaixo da média conquistada pela novela passada, Império, que era de 32 pontos e ainda considerada baixa para o horário. Avenida Brasil, por exemplo, tinha média de 39 pontos.

Mas, se ainda é cedo para afirmar o que falta na novela, a readequação já vem tarde.

O fato é que o texto parece insistir nas atitudes vingativas, que travam a evolução da história ao redor de crimes imperfeitos.

A fórmula ideal para afastar o telespectador que, normalmente, encara a narrativa como uma continuidade das notícias policiais veiculadas no telejornal do horário que a antecede.

Além disso, romances fracos, núcleos pobres de carisma e atores perdidos ajudam na reprovação geral.

Resta saber se a nova fórmula vai funcionar. Porque o que veio até agora não passou de uma desculpa a mais para ir para a cama mais cedo.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]