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Uiara Bartira, artista plástica | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Uiara Bartira, artista plástica| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

A artista plástica curitibana Uiara Bartira costuma dizer que quer deixar a sua trajetória artística o mais organizada possível, para não deixar "trabalho para ninguém". A gravurista, que tem obras em acervos de museus como o Oscar Niemeyer (MON), o Museu da Gravura de Curitiba e o Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, destinou 41 obras, entre xilogravuras (madeira) e gravuras em metal para a Pinacoteca de São Paulo. Os trabalhos foram escolhidos pelo diretor do espaço, Ivo Mesquita, e pelo curador de gravuras, Carlos Martins.

A negociação de Uiara com o museu durou um ano, entre seleção de imagens e parecer do conselho técnico do museu – as obras devem ser encaminhadas ao espaço ainda este mês. "É algo muito importante para mim ter obras na Pinacoteca, um dos museus com mais visibilidade no país", acredita a artista.

Na coleção que integrará o acervo da Pinacoteca estão obras que a artista produziu desde a década de 1980, quando iniciou a sua carreira e passou um período estudando em Nova York, até os anos 2000. Muitos trabalhos desta última década foram criados quando ela morou no Rio de Janeiro (entre 1996 e 2007), e trazem influências de artistas como Hélio Oiticica (1937-1980).

A artista se diz "muito feliz" em ter suas obras em São Paulo, cidade com a qual ela estabeleceu uma "relação afetiva" após integrar o conselho técnico da 21.ª Bienal de São Paulo (em 1991). "Nunca fui de divulgar muito a minha obra, mas vi que é importante falar sobre ela, para que se saiba que o paranaense tem uma representação lá fora", frisa Uiara.

Uiara Bartira é bacharel em pintura pela Escola de Música e Belas Artes do Paraná (Embap), e se especializou em gravura e desenho na The Art Students League, em Nova York. Na capital paranaense, implantou o Museu da Gravura de Curitiba (1989), que tem em seu acervo trabalhos de Louise Bourgeois, Joel Shapiro, Andy Warhol, Oswaldo Goeldi, entre outros artistas. Foi responsável pela formação de uma geração de professores de gravura. Atualmente, uma retrospectiva sobre a sua carreira – a exposição [Conciliar] – está em cartaz no Museu de Arte Contemporânea do Paraná.

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