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Vinícius Franch, dono da loja Vinil Velho, aberta há um ano: satisfeito com a clientela | Henry Milleo/Gazeta do Povo
Vinícius Franch, dono da loja Vinil Velho, aberta há um ano: satisfeito com a clientela| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

Dicas

Saiba o que é preciso observar na hora de comprar um vinil. As orientações são do proprietário da loja Vinil Velho, Vinícius Franch:

• Riscos – Observe se não há nenhum risco no vinil, mas tenha cuidado para não confundir com sujeira – a diferença é que o risco ocasiona ranhuras.

• Limpeza – A melhor maneira de se fazer limpeza: lave como um prato. Com esponja macia e detergente neutro, e evite molhar o selo. Depois, deixe secar naturalmente em um escorredor de louça.

• Vitrola – Na hora de comprar um aparelho para ouvir vinil, evite os que comportam muitos formatos (como CD e digital) . Os de melhor qualidade costumam abrigar somente o LP.

Guia

O Caderno G selecionou algumas lojas e sebos com uma boa variedade de discos de vinil em Curitiba. Confira:

• Solaris Discos, Livros e Cultura - R. Dr. Claudino dos Santos, 48, Largo da Ordem, (41) 3155-0026

Facebook: https://www.facebook.com/solaris.cultura?fref=ts

• Vinil Velho - R. Trajano Reis, 111, São Francisco, (41) 3408-0205. www.vinilvelho.com.br

• Raridade Discos e Livros - R. Professor Fernando Moreira, 135, Centro, (41) 3049-1300

Facebook: https://www.facebook.com/raridade.discoselivros?fref=ts

• Hi-Fi Sebo - Galeria Condor – R. Ébano Pereira, 196, esquina com a R. Cruz Machado, Centro, (41) 3013-6430

Facebook: https://www.facebook.com/hifi.sebo?fref=ts

• Savarin Music - R. Ébano Pereira, 186, Centro, (41) 3018-8003

Facebook: https://www.facebook.com/pages/Savarin-Music/19794 7560255106

• Joaquim Livraria & Sebo - R. Alfredo Brufen, 51, Centro, (41) 3078-7990. joaquimlivraria.wordpress.com

Programe-se

9.ª Feira do Vinil

Canal da Música (R. Júlio Perneta, 695, Mercês), (41) 3331-7513. Hoje, das 10 às 18 horas. Entrada franca.

  • Disco mais caro da loja de Frauch é o do cantor Ney Matogrosso, a R$ 120

Há uma atitude confirmada em números que aponta uma "onda" de adoração ao disco de vinil. Além de dados como os da Nielsen Soundscan, que revelou um aumento de 33% nas vendas do formato no mercado canadense e norte-americano no primeiro semestre, não é difícil ver jovens que mal conheceram LPs garimpando títulos dos seus artistas preferidos. No Brasil, o Mercado Livre, site líder de comércio eletrônico na América Latina, divulgou que as vendas de vinil aumentaram 6%.

Parte desses consumidores ávidos por discos estarão representados hoje na 9.ª Feira do Vinil, que acontece a partir das 10 horas, no Canal da Música. Ao todo, o acervo disponível para venda será de 25 mil discos novos e usados dos mais variados gêneros. Cerca de 40 expositores do Paraná, Santa Catarina e São Paulo estão confirmados, e a feira é considerada a maior realizada no Sul do país.

A pergunta que fica sobre o consumo crescente do vinil é: o mercado retomado ainda é pouco explorado, ou se trata apenas de modismo passageiro? Segundo os especialistas entrevistados, a redescoberta deve perdurar, mesmo que não com tanta intensidade. "É um crescimento que já vem sendo registrado nos últimos cinco anos. Acreditamos que a necessidade que algumas pessoas sentem de ter novas experiências na audição da música, e o charme do vinil, são alguns fatores que contribuíram", diz o consultor da Polysom, João Augusto.

A fábrica de vinis do Rio de Janeiro é a única do Brasil, e registra crescimento ano a ano. De acordo com Augusto, ele foi de 140% em 2012, e o porcentual deverá se repetir neste ano. No caso do Mercado Livre, o diretor de marketplace do site também ressalta a diminuição na venda de CDs. "Caiu mais de 7%. O vinil hoje representa 27% das nossas vendas na categoria música."

Quem se aventurou no mercado de comercialização está satisfeito com a procura. Proprietário da loja Vinil Velho, aberta há pouco mais de um ano em Curitiba, Vinícius Franch já vendia pela internet, mas sentiu a necessidade de abrir um espaço físico. Ele e a namorada dividem um local (o dela, uma loja de roupas), no São Francisco, reduto boêmio da cidade. Os clientes são de faixa etária variada, desde adolescentes até colecionadores que buscam raridades.

Apesar da boa clientela, Franch aponta dificuldades, como a de conseguir bons discos (principalmente de música brasileira), e os impostos no caso de importação – um LP de R$ 40 no exterior pode chegar a R$ 160 ao consumidor final no Brasil. Um dos expositores da feira, Horácio Tomizawa De Bonis, que também é importador, diz que esse tipo de disco é para um público segmentado. "Os mais baratos custam pelo menos R$ 80. Prefiro trabalhar com um material que gire mais."

Melhor ou pior?

Outra discussão em torno do disco é a de que, entre os formatos existentes, ele representaria a música com mais fidelidade. O colecionador Wandique Gonçalves da Silva Júnior, que tem 400 LPs em seu "somtuário", acredita que esse debate é ultrapassado. Mesmo sendo aficionado por discos (prefere, por exemplo, edições japonesas dos vinis que, segundo ele, são melhores e mais resistentes), ele frisa que há várias formas de ouvir música. "Há finalidades específicas, um som no iPod certamente é diferente do vinil. Mas são apenas confecções distintas."

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