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Cena do filme “Las herederas” | Divulgação
Cena do filme “Las herederas”| Foto: Divulgação

Las Herederas, do paraguaio Marcelo Martinessi, fez sua estreia nesta sexta-feira (16.02) na competitiva oficial da 68ª edição do Festival de Berlim. 

O Brasil – que nesta edição não tem títulos na principal mostra do evento – está representado como coprodutor do filme, juntamente com Paraguai, Alemanha, Uruguai, Noruega e França. 

Protagonizado por Ana Brun, Margarita Irún e Ana Ivanova, o filme narra a história de duas mulheres de boa posição social que haviam herdado dinheiro suficiente para viver confortavelmente. 

Mas uma nova realidade altera o equilíbrio imaginário em que viviam e leva uma delas, aos 60 anos de idade, a achar que o dinheiro não é suficiente. Ela inicia um processo de transformação interna, alterando uma situação que até então era estável. 

A história é ambientada em 2012, ano da destituição do presidente Fernando Lugo e absorve os ecos dessa deposição. 

As enviar o convite para a produção do filme, Dieter Kosslick, diretor da Berlinale, havia dito que estava profundamente impressionado com o filme e a atuação das atrizes. 

A sessão de gala do filme foi antecedida de uma coletiva com o diretor e a equipe do filme. 

Martinessi iniciou a entrevista expressando sua satisfação de ter seu país concorrendo ao Urso de Ouro. 

“É uma honra iniciar a carreira internacional do filme nas telas da Berlinale, ao lado de diretores e atores que admiramos”, ressaltou o diretor destacando o trabalho das atrizes.

“Mas o que mais me alegra é que esta vitrine mostre o talento impressionante deste grupo de atrizes paraguaias que se entregaram plenamente aos personagens da trama”, afirmou. 

Sobre o filme, disse que é uma história muito íntima e também importante para entender o país. 

“No Paraguai se busca uma nova sociedade, um modelo diferente porque a história do país é composta por “grandes senhores”, ressaltou. 

Ao final, falando sobre o cinema no seu país, disse que a situação é difícil. 

“O Paraguai tem uma cinematografia quase invisível. Eu tentei atingir audiências lá, mas há dificuldades até para obter informação sobre as pessoas”, lamentou. 

Martinessi, estreante em longas, é autor de destacados curtas-metragens como “Calle Última”, “Karai Norte” e “La Voz Perdida”.

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