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O policial Ueliton Morais chegou às 21h de domingo ao Colégio Estadual Ernani Vidal para matricular as duas filhas nesta segunda-feira. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
O policial Ueliton Morais chegou às 21h de domingo ao Colégio Estadual Ernani Vidal para matricular as duas filhas nesta segunda-feira.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

A liberação de vagas para transferência no Colégio Estadual Ernani Vidal, no bairro São Lourenço, em Curitiba, levou pais a formarem fila na manhã desta segunda-feira (18). Alguns chegaram a ficar 24 horas em frente à escola para garantir uma vaga de matrícula. A primeira família chegou às 7h de domingo (17), mas a secretaria da escola abriu às 8h desta segunda, quando 102 pessoas já estavam em frente à instituição.

O policial militar Ueliton Morais, 35 anos, foi um dos pais que passou a noite na fila. Ele chegou às 21h de domingo para buscar vagas para as duas filhas, que vão cursar o 6.º e o 9° ano do Ensino Fundamental. Uelinton foi o sétimo a chegar. E não veio despreparado: junto com a esposa, levou muito café e uma barraca, com a qual se protegeu da chuva torrencial que caiu no fim da noite.

Segundo o PM, a fila é resultado da boa fama que a a escola tem na região. “É uma escola boa, com ensino bom. Tem que vir cedo para garantir. O problema é que metade dos pais voltaram sem vaga”, lamentou Uelinton, que saiu com as matrículas das filhas garantidas.

Já na lista dos pais que passaram a noite em vão na fila estava a cuidadora de idosos Ivone de Souza Silva, 37 anos. Ela chegou às 19 horas para tentar uma vaga para uma filha que vai cursar o 3°. ano do Ensino Médio e outra para o 8°. ano do Fundamental. Não conseguiu nenhuma e foi orientada a aguardar.

Ivone se mostrou indignada porque mora a duas quadras do colégio e, mesmo assim, a filha mais velha, de 19 anos, cursa ensino médio em uma escola no Tatuquara. A outra, que vai par a o 8° ano, deixou de estudar porque não consegue vaga em escola perto de casa. “Já fui até no Núcleo de Educação, mas o que eles dizem é para aguardar. O colégio é aqui ao lado e a gente não consegue vaga. Não tem sentido”, lamentou a cuidadora.

Transferência

A Secretaria de Estado de Educação (Seed) informou que o volume da fila foi por causa grande quantidade de pedidos de transferência de pais de alunos que residem em Almirante Tamandaré e preferem matricular seus filhos próximos ao local de trabalho, em vez de próximo às suas residências.

“A proximidade entre a escola e o endereço registrado pelos pais ou responsáveis de acordo com a fatura de energia elétrica recente é um dos fatores na distribuição de vagas”, apontou a secretaria.

Ainda segundo a pasta, após preenchido o número máximo de vagas no colégio, os estudantes são direcionados para a unidade mais próxima na rede estadual de ensino.

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