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Quem tiver paciência para observar o céu em um local com pouca luminosidade e sem nuvens poderá visualizar até 70 meteoros por hora na madrugada de sábado para domingo (22). Nessa data, será possível visualizar o ápice da chuva de meteoros Oriônidas, que iniciou em agosto e segue até novembro. No entanto, a previsão meteorológica para Curitiba e região metropolitana é de céu encoberto neste fim de semana, o que vai dificultar a observação.

De acordo com o professor Dietmar William Foryta, doutor em astronomia pelo Observatório de Paris e docente na Universidade Federal do Paraná (UFPR), essa chuva se chama Oriônidas porque parece se originar da constelação de Orion. “Elas vêm de lugares diferentes, mas aparentam estar vindo do mesmo ponto, assim como acontece quando você observa uma trilha ao longe e parece que ela é mais estreita . Você sabe que não é”, explica.

Essa “ilusão de ótica”, segundo ele, pode facilitar a observação dos meteoros, pois é possível prever de onde eles virão. “Desta vez, você pode olhar na direção da constelação de Orion, ou das ‘Três Marias’, como é popularmente conhecida”. No entanto, ele afirma que, na madrugada deste domingo, a melhor dica para os curitibanos interessados em visualizar o fenômeno será outra: “viajar até um local com céu aberto e pouca luminosidade”.

O meteorologista Samuel Braun, do Simepar, afirma que essa será a opção para moradores de quase todo o Paraná, pois a previsão é de chuva e céu encoberto neste fim de semana. “Pode ser que em algum momento da madrugada uma ou outra cidade fique com céu aberto, mas serão casos isolados”, adianta.

Próximas chuvas de meteoro

Por isso, o professor Dietmar adianta que novas chuvas de meteoros estão previstas para novembro, quando o número de objetos promete ser maior. “O ápice dos Geminidas, por exemplo, deve ocorrer no dia 18 de novembro e terá em torno de 120 meteoros por hora, aumentando a chance de visualização”.

Além disso, ele explica que a queda de um meteoro não é um fenômeno raro como alguns imaginam e pode ser visto em qualquer data do ano. “A diferença é a população, ou seja, o número de meteoros por hora. Quando esse número é mais alto, a chance de observação também é maior”, comenta.

O que é um meteoro?

Ainda segundo o doutor, as chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra passa por uma trilha de detritos deixada por cometas ou asteroides que se fragmentaram. “É como se essas pedrinhas com centímetros de diâmetro e formação de gelo estivessem passeando no sistema solar, quando a Terra decide passar pelo meio deles causando um atrito violento que faz esses objetos brilharem”, explica.

Desde agosto, o planeta está “varrendo” uma região com altas concentrações de detritos oriundos do cometa Halley, e os meteoros gerados na trajetória desse cometa podem atingir a velocidade de até 67 quilômetros por segundo.

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