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Empresário foi preso n sexta-feir a(16) em shopping de Curitiba. | Reprodução/Polícia Civil
Empresário foi preso n sexta-feir a(16) em shopping de Curitiba.| Foto: Reprodução/Polícia Civil

Acusado de ser o mandante da morte de um fiscal de combustíveis, o empresário Onildo Chaves Córdova II, dono de quatro postos na região de Curitiba, foi liberado da prisão pela segunda vez neste sábado (17). A soltura aconteceu menos de 24 horas após ter sido detido em um cinema de shopping na capital, na sexta-feira (16). O homícidio de Fabrizzio Machado da Silva, baleado em março de 2017, que gerou repercussão nacional.

O alvará de soltura de Córdova II foi concedido pelo juiz substituto Rodrigo Fernandes Lima Dalledone, do Tribunal de Justiça, com base na avaliação do pedido de habeas corpus. Algumas restrições foram impostas para a soltura de Córdova II, como o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição do uso de celulares, o comparecimento à Justiça sempre que solicitado, estar em casa sempre até 22h e não extrapolar um raio de 50 km do endereço de sua casa.

A prisão de sexta-feira se deu por motivo do fim de um tratamento psiquiátrico pelo qual Córdova II passava. O tratamento havia substituído a prisão preventiva determinada no ano passado. Mas, de acordo com a juíza Karine Pereti de Lima Antunes, da 1ª Vara Tribunal do Júri, “em momento algum houve a ‘revogação da prisão pelo Tribunal de Justiça’, mas sim a substituição da prisão preventiva por tratamento em internação clínica até que perdure o período de recuperação do Paciente [acusado]”. Córdova II fez o tratamento em período integral e recebeu alta médica no dia 9 de fevereiro. Na sequência, a Justiça determinou sua prisão.

O assassinato

O fiscal Fabrízzio Silva foi morto na noite de 23 de março quando chegava em casa no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. Ele já vinha sendo monitorado pelos criminosos. O assassino bateu na traseira do carro do fiscal, que foi baleado na cabeça no momento em que desceu o veículo para saber o que tinha acontecido.

Uma ambulância do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) chegou a ser acionada, mas a vítima não resistiu aos ferimentos. Toda ação foi registrada por câmeras de segurança.

Segundo o promotor Lucas Cavini Leonardi, Córdova II teria planejado a morte de Silva durante a Operação Pane Seca, uma força-tarefa conduzida pelo Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diepp) que levou ao fechamento de nove postos de Curitiba e região após denúncias a respeito da comercialização de combustíveis adulterados e manipulação nas bombas, que entregariam ao cliente quantidade menor do que a apresentada no marcador.

Horas antes do assassinato, o fiscal havia se encontrado com uma equipe do programa Fantástico, que produzia uma reportagem investigativa sobre fraudes em combustíveis. Segundo a reportagem, um sistema era instalado nas bombas, alterando a quantidade de combustível colocada no tanque dos veículos durante o abastecimento.

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