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Onildo Chaves de Córdova II | Reprodução/Polícia Civil
Onildo Chaves de Córdova II| Foto: Reprodução/Polícia Civil

Uma ação da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na noite desta sexta-feira (16), terminou com a prisão de Onildo Chaves, acusado de ser o mandante da morte do fiscal de combustíveis Fabrizzio Machado da Silva. O crime ocorreu em março do ano passado e gerou repercussão nacional.

No momento da prisão, Onildo estava em um cinema de Curitiba e foi retirado do local por policiais civis da DHPP. Ele foi encaminhado à delegacia, ainda na noite de sexta, após um mandado de prisão assinado pela juíza Karine Pereti de Lima Antunes. O pedido foi baseado em uma manifestação do Ministério Público do Paraná (MP-PR).

O empresário Onildo Chaves de Córdova II, 36 anos, é dono de quatro postos de combustíveis na grande Curitiba e seria o mandante do homicídio, segundo as investigações da polícia.

De acordo com a decisão da juíza, “em momento algum houve a ‘revogação da prisão pelo Tribunal de Justiça’, mas sim a substituição da prisão preventiva por tratamento em internação clínica até que perdure o período de recuperação do Paciente [acusado]”. Onildo fez o tratamento em período integral e recebeu alta médica no dia 9 de fevereiro. Na sequência, a Justiça determinou sua prisão.

“A família obviamente, em dezembro, apesar de respeitar a decisão, não concordou com a liberação. E agora eles têm um alento, é claro que o Fabrizzio não vai voltar, mas o sentimento de justiça traz um pequeno conforto”, explicou assistente de acusação e advogado da família, Luis Roberto de Oliveira Zagonel.

Em nota, Rafael Guedes de Castro, advogado de defesa de Onildo, afirmou que considerou o decreto “absurdamente ilegal”. “Foi deferido pela juíza substituta, após ser induzida em erro pelo promotor de justiça. Importante destacar que a prisão viola decisão proferida pelo tribunal de justiça e pela juíza titular do tribunal do júri que já tinham reconhecido o direito de Onildo responder o processo em liberdade. Todas as medidas legais serão tomadas para combater a injustiça cometida”, disse o advogado em no texto.

Confira um vídeo com o momento da prisão

O assassinato

Fabrízzio foi morto na noite de 23 de março quando chegava em casa no bairro Capão da Imbuia, em Curitiba. Ele já vinha sendo monitorado pelos criminosos. O assassino bateu na traseira do carro do fiscal, que foi baleado na cabeça no momento em que desceu o veículo para saber o que tinha acontecido.

Uma ambulância do Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) chegou a ser acionada, mas a vítima não resistiu aos ferimentos. Toda ação foi registrada por câmeras de segurança.

Segundo o promotor Lucas Cavini Leonardi, Córdova II teria planejado a morte de Silva durante a Operação Pane Seca, uma força-tarefa conduzida pelo Departamento de Inteligência do Estado do Paraná (Diepp) que levou ao fechamento de nove postos de Curitiba e região após denúncias a respeito da comercialização de combustíveis adulterados e manipulação nas bombas, que entregariam ao cliente quantidade menor do que a apresentada no marcador.

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