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Sagui é uma das espécies que vivem no Parque Barigui. | Jonathan Campos/Gazeta do Povo
Sagui é uma das espécies que vivem no Parque Barigui.| Foto: Jonathan Campos/Gazeta do Povo

As 45 capivaras que vivem no Parque Barigui já se tornaram símbolo da cidade. No entanto, elas não são as únicas a viverem em um dos pontos turísticos mais visitados da capital. Basta um olhar atento para encontrar outros animais espalhados nos 1,4 mil metros quadrados do parque.

Sobrevoando o lago, por exemplo, existem cerca de 150 espécies diferentes de aves. Há também diversos outros mamíferos além da capivara,como o pequeno sagui, inúmeros peixes e répteis como tartarugas e a cobra-cipó. Até jacarés já habitaram o local. Um deles - inclusive - foi fotografado em 2013 e ainda pode estar por ali.

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De acordo com a bióloga Patricia Weckerlin, uma das responsáveis pelo monitoramento da fauna no parque, a diversidade é tão grande que ainda não é possível quantificar a população de animais no espaço. Mas sete biólogos do Museu de História Natural de Curitiba e alguns voluntários estão dedicados a levantar esses dados nos parques de Curitiba. “Nosso objetivo é criar um relatório ou livro a respeito da fauna da capital até o fim de 2018”, adianta.

Aves

Enquanto o estudo não fica pronto, a bióloga afirma que os visitantes podem apreciar diversas espécies no Barigui. Grande parte delas fica na região do lago, onde é possível encontrar aves como as marrecas, frangos d’água, o quero-quero, a saracura e o biguá. Esse último, por exemplo, possui uma vantagem especial em relação aos outros pássaros, pois, na hora da caça, suas penas se molham e ficam mais pesadas, retendo menos ar e garantindo um mergulho muito rápido.

Biguá é uma das 150 espécies de aves que vivem no Parque Barigui. Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Em todo o parque existem também pica-paus, tucanos, garças, gaviões, sabiás, beija-flores e joões-de-barro. Além deles, os ouvidos atentos também podem apreciar o canto do canário e do bem-te-vi ao mesmo tempo em que os observam.

Todas essas aves, de acordo com Patrícia, podem ser vistas e identificadas com facilidade. No entanto, o passeio também pode proporcionar conhecimento de espécies diferentes. Para isso, dicas simples podem ser colocadas em prática. “É importante visitar o parque com paciência e levar um binóculo para observar os animais”, aconselha a bióloga.

Outra sugestão é acessar pelo celular o Wiki Aves, que é uma enciclopédia online de uso gratuito. “Usando o site, ao mesmo tempo em que se observa as aves, será possível tirar dúvidas e encontrar imagens do animal em todas as fases da vida, de filhote a adulto”, comenta. “Sem contar que você pode bater fotos e enviar para o site, contribuindo com o acervo e mostrando as belezas de Curitiba”, completa.

Mamíferos

O visitante também encontra diversos mamíferos espalhados pelo local. O mais avistado - sem contar animais domésticos como cães e gatos - é a capivara, que possui população de aproximadamente 45 animais no Barigui. Mas também é possível localizar esquilos, gambás, ver um ouriço-terrestre, um preá e até a cuíca-d’água, que é um marsupial assim como o canguru – ou seja, suas fêmeas possuem a bolsa no abdômen, onde o filhote se desenvolve.

O sagui vive no Parque Barigui, mas não é uma espécie original de Curitiba. Jonathan Campos/Gazeta do Povo

Na lista dos mamíferos do parque estão ainda o ratão-do-banhado - um roedor que também é conhecido por nutria - e o sagui, animal exótico que chama a atenção de todos pelo seu pequeno porte. De acordo com Patrícia, esse primata veio da região Nordeste e pode ser encontrado facilmente também em outros parques de Curitiba. “Já identificamos quatro grupos de aproximadamente 40 saguis cada, então são quase 200”, comenta.

Para muitos, o animal conhecido pelos tufos nas orelhas parece inofensivo, mas a bióloga afirma que ele pode prejudicar a fauna nativa por ser um animal silvestre e exímio predador de ovos e filhotes de outros animais. Além disso, o pequeno também costuma morder os seres humanos que se aproximam dele. “Por isso, o aconselhável é nunca tentar pegá-lo ou passar a mão. Temos que conviver com os animais no parque respeitando o seu espaço”, pontua a bióloga.

Répteis e peixes

Pelas trilhas do parque ainda é possível encontrar alguns répteis como o lagarto teiú, a inofensiva cobra dormideira, a jararaca e até a cobra-cipó, conhecida por ser agitada e veloz – e por fugir no momento em que é avistada.

Segundo Patrícia, o visitante também pode visualizar algumas espécies de tartarugas, diversos peixes e até torcer para encontrar um jacaré. Em novembro de 2012, um deles foi enviado para o Zoológico de Curitiba, enquanto outro foi solto em uma fazenda no Pantanal, no Mato Grosso, em 2013. Segundo Patrícia, mais um jacaré foi visto no parque no mesmo ano, próximo à academia, mas não há mais informações a respeito dele. “Não fizemos nenhum monitoramento específico para confirmar sua presença. Então, não sabemos se ele continua ali”, comentou.

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