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O arcebispo de Curitiba, dom José Antônio  Peruzzo , lançou na manhã desta quarta-feira (14) a Campanha da Fraternidade 2018 | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
O arcebispo de Curitiba, dom José Antônio Peruzzo , lançou na manhã desta quarta-feira (14) a Campanha da Fraternidade 2018| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

O combate à violência é tema da Campanha da Fraternidade lançada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na manhã desta quarta-feira (14). A ação este ano tem o objetivo de convidar a comunidade católica e toda população a ser mais tolerante e gentil, combatendo a violência contra crianças, adolescentes, mulheres e idosos. A campanha é lançada justamente no dia em que uma adolescente de 14 anos foi alvejada por um tiro na cabeça durante uma briga de trânsito no litoral do Paraná - ela já teve a morte cerebral confirmada pelos médicos.

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Durante o lançamento em Curitiba, o arcebispo Dom José Antônio Peruzzo também enfatizou que o número de assassinatos realizados no Brasil anualmente – cerca de 60 mil – é maior do que o registrado por ano na guerra da Síria. “Claro que o tamanho dos países é diferente, mas é um número alarmante e isso precisa mudar”, enfatiza o religioso.

O tema “Fraternidade e Superação da Violência” convida cada indivíduo a reconhecer que “todos somos irmãos”, assim como é descrito no livro bíblico de Mateus, capítulo 23, verso 8. “Como exemplo, cada pessoa deve ser gentil no trânsito, pois gentilezas promovem novas gentilezas”, pontuou Peruzzo. Em uma sociedade em que o individualismo é a palavra de ordem, ele ainda afirma que é necessário ser mais sociável e promover a paz. “Lembrando que paz não é ausência de conflitos, mas é vivência de valores, experiências de partilha e de compreensão da dor sentida pelo outro”, completou.

Para o coordenador João Ferreira Santiago , o tema da violência também abre discussões no âmbito político e é necessário em um ano de eleiçõesAniele Nascimento/Gazeta do Povo

Ano de eleições

De acordo com o coordenador da campanha na Arquidiocese de Curitiba, João Ferreira Santiago, o tema também abre discussões no âmbito político, já que a questão da violência só pode ser superada por meio da integração do governo com a população. “Temos um congresso que anda na contramão da campanha da fraternidade. Então, o ano eleitoral pede discernimento a fim de que cada pessoa, ao votar, possa transformar e renovar este país”, declarou o teólogo.

A campanha ainda desafia a comunidade a participar de maneira mais ativa nos Conselhos de Segurança e em outras maneiras de discussão que gerem reflexão e ações.

A Missa de Abertura da Campanha da Fraternidade 2018 está marcada para esta quarta-feira, às 12h, na Catedral Metropolitana, e também marca o início da Quaresma, que segue até 29 de março. Já a Coleta Nacional da Solidariedade, que recebe as doações para a campanha deste ano, acontece dia 25 de março.

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