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Alagamento em Florianópolis | Diorgenes Pandini/Diário Catarinense
Alagamento em Florianópolis| Foto: Diorgenes Pandini/Diário Catarinense

As chuvas que atingem Santa Catarina desde a terça-feira (9) – que já deixaram quase 500 desalojados em 21 cidades e causaram mortes e estragos – não devem ir embora tão cedo. De acordo com o Instituto Climatempo, ainda na noite desta quinta-feira (11) outros temporais podem afetar a região - e as pancadas continuam também nesta sexta (12). Mesmo assim, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), emitiu um alerta de perigo potencial para a região, o que significa baixo risco de alagamentos e pequenos deslizamentos.

Até o início da noite de quinta, três mortes e um desaparecimento foram registrados por causa do temporal, que se intensificou durante a madrugada de quarta para quinta. Entre a madrugada de terça e a noite desta quinta, a Defesa Civil do estado registrava 485 pessoas desalojadas. Dadas as condições, o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (PMDB), decretou situação de emergência. Além disso, convocou para sexta de manhã uma reunião com o secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Renato Newton Ramlow, sobre a liberação de verba da União para os reparos urgentes.

IMAGENS: Veja fotos e vídeos dos estragos causados pela chuva em SC

Região mais crítica, Florianópolis já teve o dobro do volume de chuvas previsto para o mês, chegando a 400 mm. Com o volume de chuva, um rio chegou a transbordar no bairro Itacorubi, localizado na região central da cidade. Isso fez com que a água levasse lama, tijolos e pedaços de concreto para as residências, além de encobrir carros de estacionamentos de prédios. Em bairros como Rio Tavares e Campeche, na zona Sul da cidade, os alagamentos foram muito intensos, fazendo com que famílias perdessem seus pertences de dentro de casa. Segundo a prefeitura, outra situação grave aconteceu no bairro Ratones, no Norte da ilha, onde uma ponte caiu durante a manhã e deixou os moradores ilhados.

Os moradores da ilha, enquanto isso, tentam voltar a rotina e se preparar para mais chuvas. A curitibana Chrislaine de Souza, relações públicas que mora no bairro Lagoa da Conceição, na região central de Florianópolis, não teve como sair de casa até o fim da manhã desta quinta. “Toda a área envolta da minha casa ficou alagada, o carro não tinha como passar”, conta. De acordo com Chrislaine, a tempestade a acordou por volta das 3h30 da madrugada, quando várias goteiras começaram a inundar um dos cômodos da casa onde mora. “Mais ou menos 6h da manhã eu vi que alguns os vizinhos tentavam tirar carros que tinham ficado estacionados ali fora, na rua, e estavam submersos”, descreve a relações públicas. Com o passar da manhã, porém, o nível da água baixou.

Bairro Lagoa da Conceição: alagamento ilhou moradores até o fim da manhã desta quinta (11).Colaboração/Chrislaine de Souza

Com as ruas inundadas, se locomover pelas ruas da cidade também não foi tarefa fácil. O transporte público, por exemplo, operou com 40% da frota por causa dos alagamentos que impediam a atividade de algumas linhas. O fornecimento de energia elétrica também foi afetado em várias regiões. De acordo com a Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc), cerca de 2,1 mil unidades consumidoras chegaram a ficar sem energia ao longo do dia.

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Vale do Itajaí

Outras cidades de Santa Catarina também foram muito afetadas pelas chuvas. Em Penha, no Norte do Litoral, 200 pessoas chegaram a ficar desalojadas, segundo a Defesa Civil catarinense.

Também em Balenário Camboriú , Itajaí e Porto Belo, bombeiros e Defesa Civil informam que a maioria das ocorrências é de alagamentos em ruas e residências. Os poucos casos mais graves envolveram deslizamentos de terra e o desaparecimento de uma pessoa - um homem, que sumiu após ter sido sugado por um bueiro.

Trânsito nas estradas

Além dos estragos nas cidades, a chuva também causou transtornos nas estradas. Nas rodovias estaduais, houve deslizamentos de terra, afundamento de pista e alagamentos. Na SC-401, em Florianópolis, a pista marginal cedeu e uma equipe técnica do Departamento Estadual de Infraestruturas (Deinfra) precisou realizar uma proteção com pedras no local. Já a SC-405 ficou alagada no quilômetro 2,7 e um caminho alternativo precisou ser utilizado.

SC-401: pista marginal de estrada em Florianópolis cedeu .Cristiano Estrela /Estadão Conteúdo

Já nas rodovias federais, há registro de até 12 quilômetros de lentidão na BR-101, que ficou prejudicada principalmente no trecho da cidade de Joinville, e entre Balneário Camboriú e Itapema, ambos os pontos no sentido Curitiba.

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