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O casal Ivonete Paes e Jaison Felipe Pupo  chegou de São José dos Pinhais à meia-noite para aproveitar as ofertas, mas não havia fila nenhuma nas lojas da Marechal Dedoro. | Aniele Nascimento/Gazeta do Povo
O casal Ivonete Paes e Jaison Felipe Pupo chegou de São José dos Pinhais à meia-noite para aproveitar as ofertas, mas não havia fila nenhuma nas lojas da Marechal Dedoro.| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Quem madrugou nesta sexta-feira (24) para aproveitar as promoções da Black Friday nas lojas físicas de Curitiba perdeu o sono à toa. As lojas de móveis e eletrodomésticos da Avenida Marechal Deodoro, no Centro, abriram bem cedo, às 6h30, mas não tiveram fila e muito menos correria para comprar produtos, cujos descontos chegam a 80%. O único comércio do Centro que apresentou movimento fora do normal foi a loja de materiais esportivos da Nike, na Rua Barão do Rio Branco.

Dos poucos clientes que aguardavam a abertura das lojas, alguns chegaram já à meia-noite de quinta-feira (23) para evitar o tumulto e serem os primeiros a garantir as compras. Mas não havia necessidade. Pelas poucas pessoas na frente das lojas, a maior parte dos consumidores optou por aproveitar a Black Friday ao longo do dia ou em compras pela internet.

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O casal Ivonete Paes, 25 anos, e Jaison Felipe Pupo,31 anos, ambos frentistas, fizeram parte dos que madrugaram sem necessidade. Eles chegaram à meia noite de quinta, vindos de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, atrás de um microondas e uma televisão. Foram os únicos a passar a noite na frente do comércio, cujo o movimento estava tão fraco que, ao invés de corre-corre nas compras, deu tempo até de pesquisar preços das promoções. “A gente chegou aqui bem cedo, mas vamos pesquisar tudo antes. Tem coisa que a gente sabe que vale a pena”, afirma Ivonete. Como tiveram tempo para pesquisar, os dois desistiram da TV e do microondas e levaram apenas um liquidificador por R$ 39.

Já o porteiro aposentado Joaquim Ribas Inocêncio, 58 anos, ficou espantado com o baixo movimento na frente das lojas. “Nos anos anteriores, vi muito mais gente nas lojas, com muito mais fila”, atesta. Ele economizou ao longo do ano R$ 2 mil para comprar uma geladeira, mas, mesmo tendo acordado tão cedo, desistiu da Black Friday. Apesar dos descontos, ele achou o preço caro e não comprou. “Nós precisamos de uma geladeira nova, mas acho que o preço não está bom. Talvez eu compre só mesmo no começo do ano”, afirma. Mesmo assim, Joaquim não saiu de mãos abandando da Black Friday. Aproveitou para comprar cinco batedeiras e cinco liquidificadores. Ele pagou R$ 39 por cada uma e vai dar de presente à família.

Joaquim Ribas Inocêncio queria levar uma geladeira, achou caro e comprou apenas alguns presentes para a família.Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Novo perfil da Black Friday

O gerente da Casas Bahia na Marechal Dedorodo, Márcio Bissoni, 44 anos, explica que nos últimos dois anos o perfil de quem compra na Black Friday mudou. Ao invés do tumulto de madrugada, as compras se dispersam ao longo do dia, principalmente a partir as 8h, com grande procura após o horário comercial, quando as pessoas saem do trabalho. Por isso o comércio tem estendido o horário de atendimento na promoção. “Mesmo assim, a Black Friday segue sendo uma data muito importante no nosso calendário de vendas”, ressalta o gerente.

É exatamente o perfil da cozinheira Glaucilene das Dores, 47 anos. Logo cedo, por volta das 7h, ela deu a primeira passada nas lojas para conferir os preços de um liquidificador que pretende dar para a filha. Gostou dos preços que viu, mas só vai voltar para fechar negócio depois do trabalho. “Parece que tem bastante preço interessante, mas com pressa não dá. Tem que vir com mais calma”, enfatiza.

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