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 | Marcelo Andrade/Gazeta do Povo
| Foto: Marcelo Andrade/Gazeta do Povo

Nem todo mundo saiu perdendo com a falta de gasolina e álcool em Curitiba. Como muita gente está sem como usar os próprios carros, a demanda por táxis cresceu consideravelmente neste fim de semana. E, no caso daqueles que usam outros tipos de combustível além daqueles que sumiram dos postos da capital, o lucro foi ainda maior.

Foi o caso de Juarez José dos Santos, de 45 anos, que transformou o carro equipado com Gás Natural Veicular (GNV) em seu grande diferencial. Taxista há 12 anos, ele conta que apenas metade dos motoristas que trabalham no ponto da Rodoferroviária estão circulando. “Tem uns seis ou sete colegas que não conseguiram sair para trabalhar”, explica. “Mas isso acaba sendo mais lucrativo pra gente porque aumentou muito a demanda”. Segundo ele, o lucro foi 35% a mais neste domingo do que em dias normais.

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E os carros movidos a GNV realmente se transformaram nos queridinhos durante a greve, já que esse tipo de combustível não é afetado pela paralisação dos caminhoneiros, uma vez que chega aos postos via tubulações subterrâneas. De acordo com estimativa da União dos Taxistas de Curitiba (UTC), cerca de 18% da frota é equipada com gás — ou seja, entre 500 e 600 veículos em toda capital.

Outra razão que fez o lucro dos taxistas aumentar foi o preço dos aplicativos durante a greve dos caminhoneiros. Como muitos motoristas de app deixaram seus carros na garagem neste fim de semana, a chamada tarifa dinâmica fez com que o valor das corridas praticamente dobrasse em alguns casos. “Aí tem muita gente chamando táxis porque é mais barato”, conta o taxista Marcilion da Silva, que estima ter gasolina para circular para o resto da semana.

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