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 | Marcelo AndradeGazeta do Povo
| Foto: Marcelo AndradeGazeta do Povo

A uma semana do Natal, o comércio de Curitiba mostra otimismo com os resultados das vendas até aqui — e a expectativa é para que os últimos dias antes da data festiva sejam ainda mais prósperos. De acordo com a Associação Comercial do Paraná (ACP), os resultados ainda não podem ser computados totalmente, mas as primeiras semanas de dezembro trouxeram maior volume de vendas que nos anos anteriores. Otimista, a ACP espera um crescimento de cerca de 10% nas vendas do mês em 2017 em comparação com o resultado de 2016.

Após três anos seguidos de retração, a associação vê alguns fatores como chaves para a retomada no comércio natalino. Para o presidente da ACP, Gláucio Geara, o pagamento da segunda parcela do 13º, geralmente feita no começo do mês, além da liberação do saldo das contas inativas do FGTS, feita até o final de julho, ajudaram muitas pessoas a regularizarem dívidas e ganharem capacidade para gastar no Natal. “As pessoas com dívidas tiveram chances de quitar com a liberação do FGTS. Sabemos que 51% das famílias brasileiras estão endividadas de alguma maneira, mas com a injeção deste dinheiro, e mais o 13º salário, acreditamos que as pessoas ganharam um fôlego para as compras de final de ano”, sentenciou.

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E esse entusiamo já pode ser sentido no Calçadão da Rua XV a poucos dias do Natal. Para a ACP, o comércio da rua é um termômetro da atividade da cidade como um todo, já que concentra diversas lojas, de diferentes setores. O levantamento da associação dá conta de que, nesse período, cerca de 30 mil pessoas se somam aos 150 mil que já circulam diariamente pelo local e especificamente em busca de presentes de Natal. “Podemos notar, em uma avaliação visual, muita gente em lojas e muitos circulando com pacotes, já com compras”, afirmou Geara.

E os lojistas concordam. Gerente de uma loja de cosméticos no Calçadão, Estefani Amaro revela que desde o começo do mês as vendas estão acima do esperado. O crescimento é de 15% no comércio do estabelecimento, o que anima toda a equipe de trabalho, já que as comissões prometem engordar as festas também das vendedoras. “O pessoal vem animado trabalhar. Foram alguns anos difíceis para nós, mas esperamos retomar isso e seguir melhorando em 2018. As meninas vão ganhar boas comissões porque a procura está muito grande. Tem dias que não vencemos aqui”, ressaltou.

Outro que está animado com a movimentação do Natal é o empresário João Silveira. Dono de uma pequena loja de eletrônicos em uma das galerias da Rua XV, Silveira também sentiu uma melhora nas vendas nas primeiras semanas de dezembro e espera resultados ainda melhores nos dias que antecedem as festividades. “Muita gente está comprando capinhas para celular, películas, essas coisas. A crise pega todo mundo, então tenho vendido muito essas lembranças. Não estou vencendo comprar pacotinho para embalar presente. Já preparei um estoque lá em casa para não faltar até o Natal”, contou.

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Segundo a ACP, os melhores resultados até agora são nos ramos de brinquedos, calçados e roupas, que experimentam crescimento nas vendas de até 30%, em alguns casos. Mas o Natal não será somente de lembranças e presentes de baixo valor. O aposentado Sidnei Fontana comprou uma televisão de última geração, desejo antigo da família. Ele diz que aproveitou uma das diversas promoções feitas nessa época, já que vinha monitorando os preços atrás de uma oferta. “Já estava desde a Black Friday de olho. Naquele dia não deu, porque fui muito tarde, mas achamos agora uma por preço bem similar. Deu para gastar bem o 13º salário”.

Alerta

Mesmo com a melhora na economia, o curitibano não deixou de pesquisar antes de ir às compras. É o caso da secretária Raquel Simoni, que anda praticamente todos os dias pela Rua XV de Novembro comparando preços antes de escolher os presentes. Ela conta que deixará para comprar mais para o final da semana, quando espera ter levantado os preços mais atrativos dos presentes que deseja. “Saio do trabalho e venho dar uma pesquisada. Estou nisso há quase duas semanas. Mas só vou comprar mesmo mais perto, porque acho que algumas coisas vão baixar mais, vão entrar em promoção”, contou. 

No entanto, Geara destaca que as pessoas não devem deixar para a última hora as compras, já que a tendência é de que o movimento se intensifique conforme o Natal se aproxima. “Antecipem as compras, utilizem horários de menor movimento, não deixem tudo para a última hora, porque vai ser muito corrido. Entendemos que as pessoas trabalham, tem suas atividades, mas que as pessoas antecipem o que for possível para não ter problemas”, orientou o presidente da ACP.

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