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Horta comunitária debaixo da linha de transmissão em Maringá: projeto deve vir a Curitiba. | Copel/
Horta comunitária debaixo da linha de transmissão em Maringá: projeto deve vir a Curitiba.| Foto: Copel/

A Copel pretende implantar hortas comunitárias embaixo de suas torres de alta tensão em Curitiba, proporcionando alimento e renda a famílias carentes. De acordo com a Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (SMAA), a parceria está em análise e deve ser assinada nos próximos 60 dias no bairro Cajuru, na Vila Audi/União.

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Por lei, esses espaços não podem ser ocupados por causa do risco de um fio de alta tensão cair. Entretanto, a iniciativa traz uma alternativa para isso. O primeiro bairro contemplado deve ser o Cajuru.

De acordo com Vanessa Pereira Croge, analista socioambiental da Copel, a ideia já foi implantada em Maringá, no Norte do Paraná, e foi assinado no fim de agosto convênio para a implantação em três bairros de Cascavel, no Oeste do estado. Em Maringá, o projeto tem trazido resultados significativos para a comunidade local desde 2013. “Diversas famílias cultivam a horta e contam com parcerias e acompanhamento técnico. Assim, elas plantam produtos para consumo próprio e ainda podem vender o excedente, auxiliando na renda familiar”, afirma.

Atualmente, 140 famílias conseguem sustento de 15.000 m² de hortas de Maringá e ainda garantem aproximadamente R$ 500 mensais com a venda dos produtos. “Lembrando que lá tudo é feito com acompanhamento da prefeitura, da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e outras instituições parceiras”, comentou Vanessa.

As famílias que cultivam hortas comunitárias obtém alimento para consumo próprio e geração de renda

Divulgação/Copel

Ainda segundo ela, o uso do espaço sob as torres também é regido por diversas regras de segurança. “As famílias participam de uma reunião antes de iniciar o trabalho e obedecem a normas como o uso de luvas e altura segura da vegetação”. Além disso, o espaço não pode ser cultivado em dias de chuva e é proibido o uso de fios metálicos ao redor dos canteiros.

Dessa forma, o programa garante a segurança da população nessas regiões e ainda evita ocupações irregulares nas áreas sob linhas de energia. “Os resultados têm sido excelentes, então expandimos a iniciativa este ano para Cascavel e queremos implantar também em Ponta Grossa e Curitiba”, adianta a analista, que já está em contato com as prefeituras dessas cidades.

Projeto na capital paranaense

De acordo com Edson Rivelino Pereira, superintendente da SMAA, alguns detalhes de documentação referentes ao uso das áreas e das responsabilidades de cada parceiro têm travado o início das atividades. “Mas é nosso interesse formalizar a parceria com o Copel o quanto antes, assim como fizemos com a Eletrosul”, pontuou.

A Eletrosul Centrais Elétricas S.A é responsável por várias hortas comunitárias em Curitiba apoiadas pela prefeitura em Curitiba. A iniciativa atende 832 famílias nos bairros Cajuru, Sitio Cercado, Tatuquara, Campo do Santana e CIC.

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