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 | Lineu Filho/Tribuna do Paraná
| Foto: Lineu Filho/Tribuna do Paraná

A greve dos caminhoneiros já começa a impactar na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Como os caminhões-tanque não conseguem chegar aos postos de combustível de cidades como Itaperuçu e Rio Branco do Sul, os motoristas estão encontrando bombas vazias e uma enorme dificuldade de abastecer seus veículos na manhã desta quarta-feira (23).

Em Curitiba, o alerta está ligado. Em um posto no Cristo Reil, no fim da manhã desta quarta já não havia álcool e o tanque de gasolina estava baixo. “A gasolina não chega até o fim do dia. Não sabemos o que vai acontecer”, aponta o frentista do posto.

De acordo com o gerente de um posto em Rio Branco do Sul, Ezequiel Gonçalves da Silva, as bombas da cidade estão praticamente secas desde o início da semana. “A gasolina e o álcool acabaram já na segunda à tarde. Estamos só com um pouco de diesel, mas que deve acabar em uma hora ou duas”, informou por volta das 9h desta quarta. E o caso dele não é único, já que outros postos da região encaram a mesma situação neste terceiro dia de paralisação nas estradas.

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O gerente conta que a nova carga de combustível deveria ter sido entregue na segunda-feira, dia em que os protestos dos caminhoneiros começaram. Por causa disso, as bombas não foram reabastecidas e ele já percebeu que ia enfrentar problemas. “A gente foi abastecendo os carros enquanto tinha gasolina e álcool, mas já fomos avisando os clientes que isso poderia acontecer”, relembra. “Ainda tem muita gente ligando perguntando se temos alguma coisa, mas a grande parte do pessoal já sabe que não”.

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Por causa disso, Silva já começa a amargar também o prejuízo. Sem combustível nas bombas, o movimento no posto ficou praticamente parado nos últimos dias. “O pouco que tem é por causa do diesel, que já está acabando”, lamenta.

Carros oficiais

Além disso, a falta de combustíveis na RMC põe em risco também o atendimento em serviços públicos. Como muitos carros oficiais utilizam gasolina ou álcool, o medo é que eles fiquem inoperantes pela falta de combustível. No caso do Hospital Municipal de Rio Branco do Sul, por exemplo, a recomendação aos motoristas das ambulâncias é que abasteçam em Curitiba para evitar problemas no atendimento a pacientes.

Já a delegacia da Polícia Civil da cidade diz não sofrer com os reflexos da greve porque todas as viaturas foram totalmente abastecidas antes do desabastecimento no município e que, por ora, não enfrenta problemas e que não há nenhuma recomendação caso seja preciso encher novamente o tanque.

No entanto, o gerente do posto acredita que outros veículos oficiais podem ter problemas nos próximos dias caso a situação não se normalize. “Hoje mesmo ainda abastecemos alguns ônibus escolares com diesel, mas ele está acabando. Se continuar assim, eles podem acabar parados também”, diz.

Ônibus

Em Curitiba, as empresas responsáveis pelo transporte público temem problemas para colocar ônibus em circulação nos próximos dias. Pelo menos duas das dez empresas dizem que o estoque nas garagens é suficiente apenas para esta quarta-feira e outras três dizem ser capazes de abastecer os veículos apenas para a quinta — o que pode afetar no número de ônibus circulando pela cidade e região nos próximos dias.

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