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| Foto: RODOLFO BUHRER/Gazeta do Povo

Chegou ao fim, às 22h de segunda-feira (8), a greve nacional dos Correios, já que os trabalhadores optaram por encerrar a paralisação em assembleia. Depois de 12 dias com funcionamento reduzido, os serviços nas agências da capital devem levar até duas semanas para voltarem ao normal, conforme explica Marcos Rogério Inocêncio, secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores nos Correios do Paraná (Sintcom).

“Como temos pouco efetivo, poucos carteiros nas ruas, as correspondências de todos os tipos ainda devem chegar atrasadas pelo menos até a próxima semana”, esclarece Inocêncio. Para dar conta de entregar todo o montante acumulado durante a greve, o secretário prevê que os Correios determinem horas extras de trabalho nos fins de semana, por exemplo. O expediente a mais, no entanto, ainda não foi confirmado.

A greve, que começou no dia 26 de abril, às 22h, foi acordado por 21 dos 23 sindicatos da categoria que se reuniram em todo o país na segunda-feira, segundo comunicado dos Correios. Em Santa Catarina e na região de Santa Maria (RS), os empregados decidiram continuar a paralisação, no entanto, terão de cumprir decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de manter o mínimo de 80% do efetivo em cada unidade. No Acre, a assembleia será realizada apenas nesta terça-feira (9).

Demandas e novas campanhas

Com a greve, que teve a categoria conseguiu o mantimento do plano de saúde, enquanto o tema estiver sob alçada do TST. Além disso, os Correios voltaram atrás na decisão de suspender férias dos trabalhadores. Também foi aprovado que os dias de greve não sejam descontados do salário dos trabalhadores.

Sobre o fim da possibilidade de privatização da empresa, principal pauta do movimento, o secretário explica que não houve avanços. “O TST não se manifestou a respeito das nossas reivindicações, mas disse que precisaria de uma manifestação de pelo menos 20 mil trabalhadores da categoria para que o tema fosse para frente.

Segundo Inocêncio, novas campanhas devem ter início em cerca de dois meses, levantando novamente as pautas que não foram conquistadas e, principalmente, lutando por questões salariais. “Hoje o salário base da categoria é de R$1234, e queremos brigar para conseguir repor a inflação em cima disso”, conclui.

Colaborou: Cecília Tümler

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