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Movimento fraco no comércio de Curitiba nesta sexta | /Antônio More/Gazeta do Povo
Movimento fraco no comércio de Curitiba nesta sexta| Foto: /Antônio More/Gazeta do Povo

O movimento de clientes no comércio de Curitiba chegou a ser até 80% menor nesta sexta-feira (28) por causa da greve geral. Com a queda nas vendas, alguns comerciantes da região do Centro irão, inclusive, fechar os estabelecimentos mais cedo que o normal.

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“Normalmente encerramos as atividades da loja 19h, mas hoje por volta das 15h já estaremos de portas fechadas”, conta Alan de Oliveira, atendente da loja de acessórios de celulares Speed Cell. O comércio, que fica na rua XV de Novembro, teve cerca de 80% de redução nas vendas com relação a dias regulares, segundo estimativa do vendedor.

Outro estabelecimento que registrou situação similar é o Café Senadinho, lanchonete no Calçadão da rua XV de Novembro, que teve redução de 70% no movimento, segundo o proprietário Marcos Teixeira. “Tivemos vários clientes bem cedinho pela manhã, eram pessoas que trabalham nos escritórios da região e não estavam em greve. Mas depois ficou muito fraco. Se continuar assim vou fechar o café 18h, em vez de 20h”, relata Teixeira.

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Até mesmo a distribuição de panfletos nas calçadas do Centro diminuiu por conta da greve. O panfleteiro Jerri Andriani Franzoi explica que, normalmente, distribui cerca de 100 panfletos até 11h30. Hoje, a quantidade até esse horário girou por volta de 30 panfletos. Franzoi também estima que cerca de 70% menos pessoas circulavam pela rua XV na manhã desta sexta.

Na Farmácia Popular da Galeria Tijucas, na Boca Maldita, a situação se repete. “Tivemos uma queda de 60% no movimento com relação a dias normais”, calcula o atendente Alessandro Ferreira. Como a diminuição do número de clientes já era esperada, a loja aproveitou o dia mais vazio para organizar as prateleiras de produtos.

A diferença no movimento não foi tão grande em comércios mais tradicionais da cidade, que têm clientela fixa. É o caso da lanchonete Kibe da Boca, na Galeria Tijucas. “Aqui a queda de clientes foi em 20%. Claro que prejudica o orçamento, mas não perdemos tanto quanto outros estabelecimentos”, analisa o proprietário Anuar Kadri.

Menos clientes, mais gastos

Além da perda monetária com a redução nas vendas, muitos comerciantes também tiveram gastos extras com o transporte de funcionários, que não puderam contar com os serviços do transporte público para ir trabalhar nesta sexta. O dono da lanchonete Kibe da Boca, por exemplo, custeou Uber, táxi e gasolina para que seus funcionários fossem trabalhar.

Outros estabelecimentos optaram por ficar com menos funcionários por causa dos gastos com o transporte. No Café Senadinho, nenhum dos três atendentes, todos moradores da Região Metropolitana de Curitiba conseguiram chegar ao trabalho. Conforme o proprietário Marcos Teixeira, a lanchonete ainda não decidiu se irá descontar o dia de expediente do salário dos funcionários.

  • No Centro de Curitiba, algumas lojas permaneceram fechadas na manhã desta sexta (28).
  • O movimento de clientes no comércio de Curitiba chegou a ser até 80% menor nesta sexta-feira (28) por causa da greve geral.
  • Com a queda nas vendas, alguns comerciantes da região do Centro fecharam os estabelecimentos mais cedo que o normal.
  • Até mesmo a distribuição de panfletos nas calçadas do Centro diminuiu por conta da greve. O panfleteiro Jerri Andriani Franzoi stima que cerca de 70% menos pessoas circulavam pela rua XV na manhã desta sexta.
  • Diferentemente do usual para uma sexta-feira, a rua XV de Novembro tinha quantidade de pessoas tão pequena que fazia parecer um domingo.

Colaborou: Cecília Tümler

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