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 | Átila Alberti/Tribuna do Paraná
| Foto: Átila Alberti/Tribuna do Paraná

Um ônibus biarticulado estacionado em uma rua do bairro Vista Alegre, em Curitiba, tem chamado bastante a atenção de vizinhos e de quem passa pela região. Parado na Rua Mamoré, a quilômetros de distância de uma canaleta por onde normalmente trafega esse tipo de veículo, o gigante vermelho intriga exatamente pelo fato de estar parado em uma área residencial. Isso porque,por mais incomum que seja, o coletivo não pertence à Urbs, prefeitura ou a nenhuma das empresas responsáveis pelo transporte público na capital. Ele, na verdade, é propriedade particular de um colecionador.

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Célio Langer, de 63 anos, comprou o ônibus há cerca de cinco anos para a construção do que chama de Museu do Alarme, um projeto pessoal que aos poucos ele começa a tirar do papel. Conhecido na vizinhança por ser um colecionador de raridades, ele conta que adquiriu o veículo em um leilão em 2013 para que ele pudesse abrigar sua ideia de museu.

O biarticulado faz parte da segunda geração de expressos que cortaram as canaletas de Curitiba e, embora hoje esteja parado nas ruas do Vista Alegre, Langer garante que isso não significa que o veículo tenha se transformado em abrigo para moradores de rua ou usuários de drogas. Como ele é proprietário de uma empresa de alarmes e monitoramento, o empresário utiliza a estrutura de sua própria companhia para evitar que o ônibus seja violado. Além de cadeados, uma equipe de seguranças garante que nada aconteça ao coletivo particular.

Novo lar

Langer conta que manteve sua curiosa aquisição guardada na oficina de um amigo durante os últimos quatro anos. No entanto, quando o espaço fechou, ele teve de encontrar um novo estacionamento para o seu biarticulado. Foi quando, há seis meses, o expresso passou a conviver com os moradores do Vista Alegre.

Átila Alberti/Tribuna do Paraná

“Eu moro perto da região e, antes de estacionar, conversei com diversos vizinhos para que não atrapalhasse ninguém”, conta o proprietário. No entanto, embora tenha recebido o aval da vizinhança e se transformado em uma espécie de ponto turístico informal do bairro, o biarticulado deve ser levado para outro lugar em breve a pedido da própria prefeitura.

“Eu recebi uma notificação da URBS e, em breve, ele terá uma nova casa”, explica Langer. “Eu até fui pesquisar alguns lugares para que ele possa ficar. Pretendo montar um barracão que será um museu”.

De acordo com o empresário, a ideia é abrigar diversos equipamentos de alarme dentro da estrutura do expresso. Além disso, ele pretende ainda expor outras antiguidades que ele coleciona, como radiolas, gramofones e telex, além de várias mobílias raras. “Colecionadores normalmente possuem uma fixação por algum objeto específico. Enquanto eu junto um pouco de tudo”, brinca.

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