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A Justiça do Paraná determinou que a mãe que simulou o abandono da filha em uma rua do Novo Mundo, em Curitiba, seja afastada da filha. O caso aconteceu em fevereiro, quando um vídeo da mãe deixando a criança para trás, mesmo com os gritos da menina, viralizou nas redes sociais. Desde então, a mulher responde por tortura-castigo e ameaça, além de intimidação de testemunha, conforme a Polícia Civil.

De acordo com a defesa da mãe, representada pelos advogados Igor José Ogar e Dyogo Cardoso, diante da decisão liminar, a principal preocupação é manter o bem-estar da criança. “A menor reside com a mãe desde seu nascimento até a presente data e já alcança cinco anos de idade e nunca fora objeto de qualquer agressão em qualquer nível a ponto de ser necessário seu afastamento da pessoa que ela mais ama e lhe traz segurança, sendo a medida uma nova reiteração de sofrimento e dor”, diz a nota enviada pelos advogados.

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A defesa afirma, ainda, que deverá pedir a reavaliação da decisão. Outras informações não foram concedidas por Ogar e Cardoso, pois o processo corre em segredo de Justiça por envolver uma criança. O Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente Vítimas de Crimes (Nucria), da Polícia Civil, também informou que tinha informações sobre o caso.

Não sabe para onde a criança será levada ou com quem irá ficar. O Tribunal de Justiça do Paraná informou que não fala sobre o caso por causa do segredo de Justiça.

Relembre o caso

A situação foi filmada na esquina das ruas Visconde do Serro Frio com Olga de Araújo Espíndola, no bairro Novo Mundo, e ganhou grande repercussão depois que começou a circular nas redes sociais. As imagens mostram a menina gritando e tentando entrar no carro, pedindo para não ficar na rua. Mesmo assim, o carro arranca e simula que iria embora.

O delegado José Barreto, do Nucria, que comandou a investigação, diz que pelo menos cinco pessoas foram ouvidas para que fossem tomadas as conclusões do inquérito. “Primeiro ouvimos a mãe, que foi acompanhada de um advogado e preferiu manter-se em silêncio, embora tenha demonstrado arrependimento pelo que fez”, disse.

Segundo a investigação, a mãe queria dar um castigo à filha, mas em nenhum momento iria abandonar a criança. “Ela usou essa forma, de fingir que abandonaria a menina na rua, como instrumento para fazer o castigo na filha. Por isso, entendemos que deve responder pelos crimes de tortura-castigo e ameaça”, explica o delegado.

Três testemunhas foram ouvidas e pelo menos duas teriam presenciado a situação. Segundo a polícia, além de responder por tortura-castigo, que é um tipo de tortura, a mãe também foi indiciada por ameaça, porque teria tentado intimidar a pessoa que fez as imagens e denunciou o caso ao Nucria. “Chegamos até essa testemunha, que nos contou que a mãe estava muito nervosa no momento em que a situação aconteceu. Certamente perdeu a cabeça com o que estava passando”, revela.

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