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Outros quatro morcegos com a doença já foram encontrados este ano em Curitiba | Cláudia Staudacher/Arquivo Pessoal
Outros quatro morcegos com a doença já foram encontrados este ano em Curitiba| Foto: Cláudia Staudacher/Arquivo Pessoal

Mais um morcego infectado com raiva foi encontrado na região de Curitiba. Desta vez, foi em Araucária, na região metropolitana. O caso foi confirmado pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da cidade vizinha. Outros quatro morcegos com raiva já foram encontrados este ano em Curitiba, nos bairros Atuba, Alto da Glória ,Ahú e Cajuru - este último semana passada.

O morcego de Araucária foi encontrado morto dia 14 de setembro por uma moradora do município. “A moradora é veterinária, então sabia como proceder. Ligou para o CCZ, nós fomos buscá-lo e encaminhamos para exames”, explica Cheila Cristina Martins de Araújo, bióloga do CCZ de Araucária. O Laboratório Central do Paraná (Lacen) identificou a presença da doença na semana seguinte.

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De acordo com a bióloga, a presença da raiva não é motivo para pânico, já que o vírus existe no ambiente silvestre. Ainda assim, Cheila explica que apenas uma minoria absoluta dos morcegos é portadora do vírus.

Mesmo sem risco iminente, é importante que as pessoas não entrem em contato com o animal. “A raiva é transmitida pela saliva, então se o morcego morder, a contaminação é provável”, alerta Cheila. É importante manter distância, e caso o bicho esteja caído - situação comum em morcegos portadores de raiva - não é indicado mexer com o animal. A orientação é colocar um balde virado por cima do animal para imobilizá-lo e entrar em contato com a CCZ.

Animais domésticos

Outro ponto importante para manter a raiva longe é não esquecer de vacinar animais domésticos. Já em caso de contato com animais contaminados, a indicação é se dirigir a um posto de saúde o mais rápido possível. “Existe um tratamento profilático pelo Sistema Único de Saúde e a velocidade é crucial. Já houve casos de mortes por raiva no Brasil, mas geralmente é porque a pessoa não buscou um médico”, acrescenta Cheila.

A bióloga ressalta a importância de não generalizar os morcegos apenas como transmissores de doenças. Portanto, não há necessidade de sair matando os animais. “Eles são muito importantes para o meio ambiente e para manter o ecossistema. Não se pode matar apenas por matar”. Em Araucária, este é o primeiro caso de morcego com raiva do ano. Em 2016, foi registrada apenas uma ocorrência na cidade.

Colaborou: Cecília Tümler

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